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domingo, novembro 24, 2024
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Igreja São José Operário comemora 25 anos de trajetória

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O mês de março de 1996 ficará marcado na história do bairro Primeiro de Maio eternamente. Foi nesta data que teve início a construção da Igreja São José Operário, um verdadeiro presente à comunidade católica do bairro. Mas a história da elevação do templo começou muito antes disso. Em 1991, quando o Pe. Dionisio Tecila era pároco da Paróquia São Luís Gonzaga, foi sob seu incentivo que Pe. José Everaldo Germano da Silva saiu com a missão de envolver os moradores do bairro para edificarem uma igreja. “No início dos anos 1990, tive a oportunidade de estar presente nesse cantinho do mundo. Papa Francisco fala tanto da igreja em saída e naquele tempo a igreja já estava na estrada através da nossa humilde pessoa, pensando na comunidade que vocês têm hoje”, se recorda Pe. Everaldo, conhecido como Capitão pelas pessoas da comunidade.

Na época, Terezinha Fischer foi a primeira pessoa convidada pelo ‘Capitão’ a iniciar esta missão de conversar com os moradores. Ela conta que na primeira visita que o padre fez em sua casa, já levou consigo dois seminaristas, que passaram a trabalhar com a comunidade. “Pe. Adilson José Colombi também teve um envolvimento, fazendo um planejamento de ações. Aos sábados de tarde os seminaristas vinham e visitavam os doentes e, durante a semana, nos reuníamos um dia na casa de uma família, para rezar o terço. Pouco tempo depois, conversamos com a direção do Senai e passamos a ter missas no quarto sábado de cada mês ali”, comenta.

As missas no Senai foram realizadas por cerca de um ano, fortalecendo a comunidade católica do bairro, que antes acompanhava as celebrações ou na própria Paróquia São Luís Gonzaga, ou no Santuário de Azambuja. “Depois disso, uma senhora muito gentil, dona Salete Venturelli sugeriu de fazermos a missa na casa dela, e assim o fizemos, a cada mês na casa de uma família”, conta Terezinha.

O sonho da construção da igreja tornou-se mais concreto com a compra do terreno onde hoje ela está edificada. “Acompanhamos o Pe. Carmo João Rodhen, hoje Dom Carmo, em uma visita ao terreno e ele bateu o martelo: disse que a área seria comprada, como um presente à comunidade”, diz Terezinha, que na missão recebida lá em 1991, sempre contou com a parceria das companheiras Paula Samagaia e Renate Maurici Haas.

Com a compra do terreno, os moradores se engajaram em campanhas para arrecadar recursos. A primeira festa, realizada no mês de março, próximo ao dia do padroeiro São José, aconteceu nas dependências do Clube Beneficente, com a venda de churrasco e café. E, em março de 1996, a construção do templo foi iniciada. “Foi um trabalho muito bom ao lado de tantas pessoas que se dedicaram. Só tenho a agradecer”, afirma Terezinha, que por 12 anos atuou como coordenadora da igreja.

Escolha do padroeiro

A escolha do padroeiro aconteceu lá no início dos trabalhos, em uma assembleia com algumas pessoas da comunidade. “Um dos senhores sugeriu São José, já que ele representa os trabalhadores e nosso bairro é Primeiro de Maio, data do dia do trabalhador. Todos acolheram a sugestão e levamos até o pároco, que imediatamente concordou”, lembra-se Terezinha. 

A imagem de São José, que existe até os dias de hoje na igreja, foi doada pela senhora Eulália Zendron e o sino, por Calinho Renaux.

Missa de Ação de Graças

Na tarde de sábado, 20 de março, a comunidade celebrou Missa em Ação de Graças aos seus 25 anos de história. Seguindo os decretos das autoridades estaduais e municipais com relação à pandemia da Covid-19, a Igreja São José Operário recebeu 25% de sua capacidade de público para rezar em honra ao seu padroeiro e à trajetória de todas as pessoas que participaram da missão de construir o templo.

A missa foi presidida pelo pároco da Pároquia São Luís Gonzaga, Pe. Diomar Romaniv, que enalteceu a data dos 25 anos, especialmente em 2021, momento em que a Igreja celebra o ano de São José. “O sentimento hoje é de alegria, de poder olhar para história e reconhecer a graça de Deus e sua bênção, e ao mesmo tempo a doação de tantas pessoas que deram a vida e que fizeram a comunidade viver. A comunidade se constitui não pelo fato de ter uma igreja, uma estrutura física, mas pelas vidas que aqui participam, pelas pessoas que servem, por aquelas que são beneficiadas pelos trabalhos pastorais que são feitos. Nós queremos hoje, como comunidade e Paróquia, fazer memória dos padres, das lideranças, das pessoas que abraçaram a missão até aqui e de nós, que no tempo presente, somos responsáveis por construir essa história. E tudo isso tem mais sentido ainda nesse ano de São José, um presente que o Papa Francisco deu à Igreja e que com certeza nessa comunidade também se valoriza ainda mais esta data, por seu padroeiro dedicado”, disse.

A celebração contou ainda com a bênção da água e dos doces, presentes aos moradores que se envolveram com a construção da igreja e também aos representantes das demais comunidades que compõem a Paróquia São Luís Gonzaga. A atual coordenadora da comunidade São José Operário, Ivete Furbringer, fez questão de relembrar a história da igreja do bairro e agradecer. “Agradecemos a cada família, cada seminarista, cada pessoa que de uma forma ou outra contribuiu para a construção desta capela, não só da parte física, mas também através da música, participando da liturgia, sendo ministro, catequista, participando do Apostolado da Oração, cuidando da limpeza, das flores, trabalhando nas festas e, principalmente, ajudando um ao outro”, completou.


“São José, vem nos proteger”

Um dia antes da missa na comunidade do bairro Primeiro de Maio, chegou ao fim, no dia 19 de março, a semana de celebração em honra a São José, patrono da Igreja. Desde o último domingo, um quadro do santo permaneceu exposto no presbitério da igreja Matriz São Luís Gonzaga e, agora, fará parte da decoração permanente da igreja, como um ícone para inspiração e devoção.

“Propusemos celebrações todos os dias, refletindo a carta que Papa Francisco escreveu sobre São José, que tem coração de pai e, assim, amou Jesus. Procuramos fazer com que o povo se aproxime mais deste santo, através de um ícone que permanecerá exposto na igreja, para que recordemos seu testemunho e exemplo, sempre discreto e silencioso, conforme narrado nas Sagradas Escrituras, mas que continua fazendo a diferença ao nosso povo, que o invoca em tantas situações de vida, sobretudo no trabalho, além de tantos pais que nele se inspiram”, destaca o pároco, padre Diomar Romaniv.

Por conta da pandemia da Covid-19, um número limitado de fiéis teve acesso às celebrações de forma presencial, durante a semana, na igreja Matriz. Todas as missas, no entanto, foram transmitidas ao vivo, pelas redes sociais da paróquia. “Pessoas daqui e de outras cidades rezaram conosco, expressando esta comunhão na fé. Estamos contentes por observar a piedade do povo e esta sede de participar das atividades da Igreja, que mantém viva a esperança, não só em meio a este tempo, mas por ser marca da caminhada do povo de Brusque”, enfatiza o pároco. 

Fonte: Texto e imagens – Ideia Comunicação.

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