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domingo, novembro 24, 2024
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Revitalização do campus da UNIFEBE conta com exposição de esculturas

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Quem caminha pelo campus do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) é convidado a refletir sobre o conceito de cada obra de arte exposta na universidade. A exposição a céu aberto integra o projeto de revitalização do campus Santa Terezinha e conta com um acervo de seis esculturas emprestadas pela Prefeitura de Brusque, por meio da Fundação Cultural.

As obras esculpidas em mármore foram criadas e recriadas por artistas de todo o mundo, nas edições do Simpósio Internacional de Escultura de Brusque, realizado pelo município entre 2001 e 2007. As peças foram emprestadas pelo poder público, com o intuito de fomentar e contribuir com a difusão cultural na cidade.

De acordo com o arquiteto e professor da instituição, Karol Carminatti, as esculturas enriquecem o projeto de revitalização do campus. “Além de embelezar, as obras de arte convidam nossos estudantes, professores e comunidade, a apreciar as mais variadas formas de expressão culturais e artísticas. Um verdadeiro acervo de pedras brutas transformadas em arte”, destaca Karol.

As obras

A escultura “A Origem”, do artista ucraniano Vasily Federouk convida o público à apreciação do acervo disposto pelo campus. Localizada em frente ao Espaço Ecumênico Arcanjo Miguel, a peça faz referência ao Gênesis, à criação do homem, revelando, por meio das figuras que se entrelaçam, elementos de relação entre o céu e a terra. Em consonância com a origem do conhecimento, a relação da escultura com o espaço projetado como ponto de encontro, traz o sentido espiritual para o ambiente.

A obra “Pedra, estrelas e bedius”, de Marco Galafassi, artista italiano, é o convite da segunda entrada do campus. Como forma de dar as boas-vindas aos usuários, a obra traz o sentido entre o caminho construído, os obstáculos vencidos e as conquistas alcançadas, estes, partindo da trajetória acadêmica. Revela, ao mesmo tempo, a ação silenciosa do observador, que vê no horizonte novos caminhos para novas conquistas.

Em direção à entrada do Bloco da Saúde está a escultura de uma criança. A peça remete à vida, o nascimento, a construção, ao desenvolvimento, à verdade pura, ao começo de tudo, irradiando a esperança crescente do esculpir para tomar forma. Traz a reflexão de que estamos em eterno aprendizado. A criança, ser humano curioso, cheio de perguntas, inquieto, e que, localizada na entrada do prédio, convida a descobrir o novo.

Já na parte central do projeto de revitalização do campus, envolvida por uma abundante vegetação está a escultura sem título do artista canadense, Stephen Yettaw. Representando a “Mãe Terra”, a obra propõe uma reflexão sobre o ambiente natural como um pilar de sustento para o desenvolvimento da sociedade, buscando representar a ligação do homem à natureza, ao orgânico.

A liberdade do conhecimento é retratada pela figura humana da obra “Tortura Nunca Mais”, do artista brasileiro, Oscar Niemeyer. A escultura traz o conceito de que o conhecimento é e deve ser, por excelência, constante. Em meio a tantas informações no cotidiano, a liberdade, resultante do aprendizado, faz com que a significância de uma obra tão emblemática converse com o contexto universitário.

Para finalizar o acervo, a obra “A Duna” do artista francês, Harutyun Yekmalyun, está localizada na entrada principal do campus, de forma a construir uma analogia entre as dunas e conhecimento, visto que estão em constante transformação, compostas por grão de areia, de saber, de entusiasmo. Traz ao mesmo tempo a leveza do ambiente, a contemplação do infinito e a certeza de que somos seres que variam com o tempo, como a duna.

O Professor Karol lembra que cada obra possui um sentido próprio dado pelo autor, entretanto, ao locá-las na UNIFEBE, outras interpretações foram possíveis, dando novos sentidos a diferentes lugares. “Nossa equipe de revitalização do campus pensou com carinho no local e conceito de cada obra, para que elas fizessem real sentido com a instituição e com o espaço onde estarão expostas”, complementa.

A reitora da UNIFEBE, professora Rosemari Glatz, enfatiza que o propósito da revitalização é tornar o campus um local de interação entre os estudantes e a comunidade. “A exposição das esculturas é mais uma forma de rompermos os muros que separam a universidade da cidade. A UNIFEBE é nossa, é daqui e está sempre de portas abertas para promover a cultura e compartilhar conhecimento”, conclui a reitora da instituição, professora Rosemari Glatz.

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