Na última segunda-feira, 25, completou um mês do rompimento da barragem de rejeitos de minério em Brumadinho (MG), controlada pela Vale S.A, na região do Córrego do Feijão – a 65 km da capital mineira, Belo Horizonte.
O desastre é um dos maiores registrados no Brasil, desde a barragem de Mariana – que também matou centenas de pessoas. Passado um mês da tragédia causada pelo rompimento da Barragem 1 da Vale em Brumadinho, os trabalhos de buscas tentam localizar 134 desaparecidos. O número de mortos chega a 179.
O bombeiro militar brusquense, da 3ª Companhia de Brusque e região, Cabo de Souza e a cadela Zaara, estiveram no campo de resgate com a 3ª equipe que foi enviada pelo Corpo Bombeiros de Santa Catarina em missão de buscas.
Zaara é o primeiro cão de busca da 3ª companhia.
O Cabo de Souza falou da sua experiência no programa Dá Hora na Diplomata FM na manhã desta quarta-feira, 27.
“Brumadinho foi chocante, devastador pela força desprendida pela lama nos corpos e estruturas físicas, pela distância e o espaço percorrido pelos rejeitos. É desolador, pela televisão se vê uma ideia, mas, presencialmente é ainda mais complexo”, frisou.
Depois da certificação, Zaara foi o único cão de busca e resgate de Santa Catarina presente na missão – sem ter outro cão para revezamento. A ligação é tão forte a designação para a dupla é binômio – Dois elementos, ideias, conceitos, cuja junção representa possibilidade harmoniosa em verdade ainda que subjetiva.
“Antes de fazer o lançamento do cão, nós fazíamos no quadrante (com corpos soterrados) abertura no terreno com lanças de cobre no terreno para subir o odor subir para a superfície e facilitar para o resgate – então a Zaara ela liberada e varria toda a área para deixar sem nenhuma possibilidade de existir pessoas soterradas”.
Sobre a relação com a Zaara, o cabo de Souza não esconde sua paixão, como condutor do cão de resgate – da raça labrador. Desde os primeiros meses de vida e hoje com três anos, o relacionamento e os propósitos de missão e treinamento não param.
Saiba como foi emocionante a habilitação da cadela Zaara.
“O cão precisa estar apito desde não ter medo de estar em nenhum ambiente, sociabilidade com qualquer pessoa (desde criança ao idoso) e a amar a brincadeira e o amor que o condutor dá a ele – que são as recompensas”, frisou
“Nossos cães são treinados primeiramente para encontrar pessoas vivas e depois evoluímos para o resgate e recuperação de corpos para o aconchego das famílias”, explicou.
