Empreendedores e profissionais do setor de eventos buscam pela retomada das atividades, mediante protocolo técnico de enfrentamento à Covid-19. Uma comissão formada passou a discutir o impacto da pandemia no ramo, que afetou uma gama de profissionais que atuam em eventos, festas (casamentos, comunhão e formaturas), solenidades, cerimonias, coquetéis e encontros sociais diversos.
Na última sexta-feira, 28, um primeiro encontro da comissão colocou em debate a realização de medidas que permitam a realização de eventos de pequeno porte, num primeiro momento, dentro do aspecto de flexibilização dos decretos municipal e estadual. Grande parte dos setores próximos como bares e restaurantes, além de locais como salão de festas em condomínios, já retornaram mediante protocolos.
“É possível, a gente vê vários empreendimentos em funcionamento de forma segura e organizada”, destacou Evandro Rubleski, DJ Muvi, que falou ao Jornal da Diplomata, como representante da comissão.
Antes de apresentar o protocolo sugestivo à Secretaria Municipal de Saúde, a categoria formulou um material com base nos decretos que disciplinaram a volta de bares e similares, que estão em funcionamento com capacidade reduzida – com 30% da capacidade total de público.
Ao mesmo tempo, a comissão defende a importância da retomada para o aspecto econômico produtivo e na geração de renda e de empregos. Pelo estudo levantado, em 2019, o setor de eventos representou em torno de 4,3% do PIB – Produto Interno Bruto. Em Brusque, o percentual atinge, direta ou indiretamente, dez mil pessoas, conforme dados.
“Por mais que se diga ‘se reinvente’ não há vagas para de emprego para todos; queremos promover segurança, estimular a econômica e fazer com que as pessoas tenham seu emprego de volta”, frisou Rubleski.
Os desafios que envolvem a retomada do setor estão ligados aos critérios de enfrentamento à pandemia da Covid-19. A categoria formulou propostas, que serão lavadas ao governo municipal, que visam não só o controle de público, horário de funcionamento e medidas básicas de saúde (como álcool gel e aferição). Sendo assim, a comissão elaborou a proposta do Evento Legal, uma forma de autorização, que permitirá o controle e avaliação do Poder Público.
“A ideia é fazer eventos menores e vai liberando gradativamente, aos poucos, – a gente sabe que existe o vírus, não queremos ser negligentes”, comentou.
Conforme Rubleski, o novo formato dará uma nova dinâmica nos eventos e pode contribuir na fiscalização municipal frente aos decretos contra Covid.
“Poderíamos formar uma parceria com o poder público para emissão de licença para cada tipo de evento – a concepção é ter o evento legal, para trazer um controle maior. Arrisco dizer que acontecem muitos eventos ‘clandestinos’ e as pessoas denunciam por haver aglomerações que não obedecem à protocolos, queremos fazer tudo dentro da lei”, disse.
Dentro da proposta, a comissão trabalha com licença para eventos a partir de 30 pessoas em espaços sociais. Uma taxa simbólica – para emissão da licença, seria destinada a ações de saúde ou para campanhas solidárias.
“Queremos retomar com segurança e também ajudar o próximo”, finalizou DJ Muvi.
Acompanhe a entrevista concedida por Rubleski ao Jornal da Diplomata.