É fato é que a crise do provocada pelo COVID-19 (coronavírus) irá ocasionar graves danos à economia do país. Diante disso, um movimento encabeçado pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL’s) de Brusque, Concórdia e Lages uniu 31 CDLs do estado na elaboração de um ofício direcionado ao governo do Estado, solicitando apoio para que as atividades do comércio em geral sejam retomadas, mesmo que de forma gradativa.
O movimento busca unidade no sistema, pois entende a força do movimento lojista e empresarial, que hoje representa mais de 44 mil empresas de pequeno, médio e grande porte. De acordo com o Presidente da CDL de Brusque, Fabricio Zen, o comércio não pode ser o único a sofrer e segurar sozinho os impactos deste problema.
“Nossa proposta é que haja um retorno imediato, pode ser até com efetivo reduzido, seguindo as normas e procedimentos de higiene, mas não podemos segurar a bomba na mão sozinhos, o comércio de nosso Estado precisa voltar a girar a economia. Precisamos unir forças e que os próprios governantes do legislativo e executivo municipais, estaduais e federais cortem da própria carne também, pois se não quem irá pagar serão as indústrias, comércio e os trabalhadores”, afirma.
O dirigente da CDL Concórdia, Rogério Cecchin, destaca que são válidas as medidas adotadas pelo governo, mas após quase três semanas fechados os comerciantes podem sentir enormes problemas para manterem suas empresas e, é claro, os postos de trabalho. “Acreditamos na coerência dos poderes em atender também o nosso manifesto, pois também percebemos que a forte parada nas atividades econômicas de tantas cadeias produtivas ao mesmo tempo impede a chegada de insumos para o desabastecimento das atividades essenciais”, avalia Cecchin.
Ações
Todas as medidas adotadas para a contenção da pandemia e preservação da vida humana são de extrema importância. Contudo, é preciso também garantir a saúde financeira dos estabelecimentos. Por isso as CDL’s ressaltam a preocupação com a reabertura das empresas como uma medida capaz de minimizar o colapso econômico e demissões em massa.
As entidades reivindicam que as atividades do varejo sejam mantidas, mesmo que minimamente, com a redução do quadro de funcionários para atendimento ao público e respeitando todas as normas de saúde ao combate à doença, para que as lojas/empresas tenham condições de honrar os salários e demais custos de seus negócios, como aluguel e pagamento a fornecedores.
O ofício ainda reforça o retorno do trabalho já na próxima semana, atendendo todas as medidas impostas pelos órgãos de saúde, como: número reduzido de colaboradores; possibilidade de criação de dois turnos de atendimento; distanciamento entre colaboradores e clientes com utilização de sinalizações; disponibilização de álcool em gel e afastamento de colaboradores com algum sintoma ou grupo de risco.