Na manhã deste sábado, 9, os comentaristas políticos do Jornal da Diplomata, Ronaldo Uller e Professor Zezinho falaram sobre as primeiras impressões do governo de Jair Bolsonaro, do Congresso Nacional e de temas em destaque da política brasileira.
Para o professor Zezinho, o governo montou bons ministérios, com nomes e equipes para ter desempenho favorável ao cenário de crise econômica e política. Citou como exemplos o ministro Paulo Guedes na economia e se disse esperançoso com o ministro da educação, Ricardo Vélez Rodriguez. Além da nomeação de Sergio Moro como Ministro da Justiça. Ainda pontou as primeiras ações do ministério das relações exteriores, com a indicação de novos rumos do país no cenário internacional.
“Desde que começou a montagem dos ministérios eu gostei bastante. Com a economia degringolada, a educação às traças e o crime tomando; conta do país acho que eram as coisas mais complicas e a votação do Bolsonaro refletiu muito isso”, destacou Zezinho.
O professor Ronaldo Uller considerou que a formação dos ministérios ocupa uma linha estratégica no governo de Jair Bolsonaro, com grupos bem definidos. Uller elencou que há um núcleo duro da base militar, equipe econômica liberal; ministério da justiça integrada a operação Lava Jato; ministérios da educação e da casa civil com agentes políticos que dão caraterística ao governo ideológico conservador de centro-direita, além da base familiar de Bolsonaro, com filhos e a esposa.
“Quando saímos da eleição eu dizia que o governo não vai ser direita, vai ser de centro-direita porque precisa da maioria, e essa composição mostra o núcleo conservador que vai implementar a pauta de costumes que o governo prometeu em campanha”, frisou.
Reformas, projetos e Congresso Nacional
Os comentarias falaram sobre as eleições para presidências da Câmara dos Deputados e para o Senado Federal. Rolando Uller chamou atenção para a minoria de deputados do governo, sendo que 22% que apoiam o governo e 7% no Senado. O desafio será conquistar a confiança de outros partidos mais ao centro.
“A eleição do Rodrigo Maia na Câmara foi pragmática, pois precisa de maioria e apoiar aquele que tinha chance de ganhar a eleição”, frisou.
Em contraponto, o professor Zezinho destacou que o governo precisar encontrar parlamentares articuladores para conseguir a pauta governamental.
“Existe um ambiente favorável, mas será preciso fazer política, caso contrário não será possível aprovar projetos importantes. Acho que até o estado de saúde do Bolsonaro está complicando isso, pois ele tem mais traquejo, pois conhece o ambiente no parlamento”, destacou.
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