Confira a nota divulgada.
O desenvolvimento urbano do município, desde os tempos coloniais, seguiu uma linha de improvisos, medidas paliativas, com obras e serviços sem o refinado planejamento e engenharia dos tempos atuais.
Não se trata de uma crítica, mas uma realidade que retrata épocas de carência generalizada, quando as realizações aconteciam para atender o imediato, o urgente, sem uma visão de futuro e prosperidade das gerações e da expansão.
Hoje, quando o município alcança um estágio de significativa expansão e crescimento demográfico, os erros do passado, se assim podemos definir, acabam por promover situações passíveis de comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o grau de habitabilidade ao nível da dignidade das pessoas.
É o caso do sistema de esgoto municipal, tanto de caráter doméstico, sanitário e industrial, cuja precariedade vem expondo o cidadão a situações perigosas, humilhantes e até vexatórias.
Percebemos alguns avanços na área, mas não o suficiente para garantir que rejeitos líquidos e sólidos, alguns altamente poluentes, possam ser tratados, absorvidos e canalizados sem submeter a risco à saúde da população.
Diante dessas reflexões, de caráter meramente apreciativo, a Associação Brusquense de Medicina vem manifestar suas preocupações com a situação das redes de esgoto no município de Brusque, alertando para a urgente necessidade de se colocar em pauta o tema, como prioridade das prioridades, garantindo-se a proteção constitucional à saúde que o poder público deve aos cidadãos.
Brusque-SC, 15 de abril de 2019.
Dr. Sebastião Alexandre Isfer de Lima
Membro da ABM
Dr. Frederico G. Marchisotti Presidente da ABM