Um torcedor do Brusque foi acusado de ter cometido crime de racismo contra o goleiro Caíque, do Criciúma, e o caso foi encaminhado para delegacia após o jogo realizado no estádio Augusto Bauer, na noite de sábado, 09. O Brusque Futebol Clube não se manifestou até o momento sobre o caso, e o Criciúma publicou uma nota em que lamenta a ocorrência.
Na súmula da partida, o árbitro Gustavo Ervino Bauermann, informou que “após o final da partida o atleta Caique Luiz da Purificação, goleiro da equipe do Criciúma veio em direção ao árbitro da partida informar que foi vítima de um ato de racismo, no qual o atleta relata ter sido chamado de “Macaco” por um torcedor da equipe do Brusque, que foi identificado pelo atleta e foi conduzido pela polícia militar para a confecção do B.O. Até a finalização desta súmula não foi apresentado o boletim de ocorrência à equipe de arbitragem. Relato que a equipe de arbitragem não presenciou o fato. A polícia militar informou que o atleta e o torcedor identificado foram encaminhados para a delegacia da polícia civil”.
Nota do Criciúma
O Criciúma Esporte Clube vem a público manifestar seu mais veemente repúdio ao ato de racismo sofrido por nosso goleiro, Caíque, durante a partida contra o Brusque, realizada na noite deste sábado (08/02), no estádio Augusto Bauer, válida pela 8ª rodada do Campeonato Catarinense. O lamentável episódio, protagonizado por um torcedor adversário, fere não apenas os valores do esporte, mas também os princípios básicos de respeito e dignidade humana. Ressaltamos que o autor da ofensa foi devidamente identificado e detido pela Polícia Militar, reforçando a necessidade de punições exemplares para que casos como esse não voltem a se repetir nos estádios de futebol ou em qualquer outro espaço da sociedade.
Além da ocorrência, a nota do Criciúma ressalta que “Além do episódio de racismo, o Criciúma Esporte Clube lamenta profundamente as ameaças sofridas no local do ocorrido, bem como a situação de vulnerabilidade à qual nossa delegação foi exposta. Tais circunstâncias são inadmissíveis e exigem providências firmes. Reafirmamos nosso compromisso inegociável com a luta contra o racismo e toda forma de discriminação. O futebol deve ser um ambiente de respeito, inclusão e igualdade, e não de hostilidade e intolerância. Seguiremos firmes na defesa desses valores e na exigência por um esporte mais justo e seguro para todos“.
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