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terça-feira, novembro 19, 2024
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Uma redenção de prata que veio à pedal

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Em sua volta após grave acidente, Guilherme Ribeiro fica em segundo no BMX no Jasc

Para alguns atletas, uma medalha de prata não é exatamente uma conquista. O tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet chegou a afirmar que “o segundo colocado é o primeiro perdedor”. Porém, para o brusquense Guilherme Ribeiro, uma prata reluz tanto quanto o ouro.

Atleta da modalidade BMX, Guilherme conquistou nesta segunda-feira (18) o segundo lugar nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). A prova foi vencida pelo representante de Itapema Pedro Queiroz, enquanto Augusto Pisetta, de Jaraguá do Sul, completou o pódio em terceiro lugar.

Para Guilherme, que faz parte do programa Bolsa-Atleta de Brusque, essa medalha de prata teve um sabor extremamente especial. “Esse ano foi muito difícil pra mim. Eu me acidentei uma semana antes do Campeonato Brasileiro, sendo o atual campeão brasileiro. Não pude defender o título, fiquei assistindo de casa a competição. Demorei cerca de 60 dias para me recuperar e os Jogos Abertos foram a minha primeira competição após o retorno do meu acidente”, disse.

“Fiquei feliz com o resultado porque eu diria que passei por uma das fases mais duras da minha vida. Esse ano eu pleiteei uma vaga olímpica na qual não consegui. Era o atual campeão brasileiro, não pude disputar e nem pude defender meu título”, completou.

Durante o período de preparação para o Campeonato Brasileiro de 2024, Guilherme sofreu uma queda na pista da competição que resultou em edemas nas vértebras I3 e I5, fazendo com que ele perdesse os movimentos de suas pernas. “Para mim, foi muito duro, não vou mentir. Tive crises de depressão, crises de ansiedade e cheguei a perder 8 quilos na balança”, afirmou.

A sensação de redenção e volta por cima veio justamente na competição que ele tem tanta familiaridade, como o Jasc. “Voltar depois de tudo isso e conseguir competir nos Jogos Aberto, não estando na minha melhor condição, eu só queria ter a oportunidade de sentir o frio na barriga, na adrenalina de competir novamente e ter finalizado com medalha de prata foi muito especial”, garantiu.

“Desde não caminhar, a voltar a dar os primeiros pedais em cima da bike”. Essas foram as palavras de sua mãe, mas que serviram para mostrar toda sua superação, que resultaram numa suada medalha de prata, logo na primeira competição em que participou desde o acidente.

Para 2025, as expectativas de Guilherme Ribeiro são altas e o atleta projeta um salto em sua carreira. “Tenho um objetivo grande que é ser campeão brasileiro novamente, depois de tudo que eu passei esse ano”, comentou.

“Começar a trabalhar forte em 2025 e entrar no alto nível para em 2028 conseguir uma vaga para as Olimpíadas. Seria isso o meu maior objetivo”, disse Guilherme.

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