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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Cesta básica em Brusque tem redução de -1,34%em março

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Em março de 2024, a cesta básica da cidade de Brusque custou R$ 645,58, tendo

registrado uma queda de -1,34% em relação ao mês anterior. A queda do preço registrada na cidade acompanha o movimento verificado em sete capitais das 17 pesquisadas pelo DIEESE, sendo que os aumentos mais expressivos foram observados em: Rio de Janeiro (-2,47%), Porto Alegre (-2,43%), Campo Grande (-2,43%) e Belo Horizonte (-2,06%).

Nas demais capitais foram registradas elevações em relação a fevereiro, sendo que os

maiores aumentos foram verificados em: Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%), Natal

(4,49%) e Aracaju (3,90%).

Em março de 2024, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário-mínimo

de R$ 1.412,00, se considerarmos o salário-mínimo líquido (R$ 1.306,10), após o

desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 49,43% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.

Entre os itens da cesta, os produtos que registraram queda de preço foram: batata

(-23,20%), óleo (-7,24%), arroz (-4,94%), farinha de trigo (-3,23%), pão (-2,47%), carne

(-1,38%), feijão (-0,11%). Os itens que tiveram aumento são: banana (9,60%), tomate

(7,21%), café (5,29%), leite (0,26%), manteiga (0,03%). O preço do açúcar se manteve

estável em relação ao mês anterior.

Com base na cesta mais cara, que, em março, foi a de São Paulo, e levando em

consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário-mínimo necessário. Em março de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.832,20 ou 4,84 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412,00.

Em fevereiro, o valor necessário era de R$ 6.996,36, e correspondeu a 4,95 vezes o piso mínimo. Em março de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.571,52 ou 5,05 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.302,00.

Cesta x salário mínimo (Brusque)

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Brusque

passou de 101 horas e 57 minutos, em fevereiro de 2024, para 100 horas e 35 minutos em março de 2024.

Quando se compara o custo da cesta e o salário-mínimo líquido, ou seja, após o

desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador

remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em março de 2024, 49,43% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos.

Comportamento dos preços dos produtos da cesta

O preço do óleo de soja recuou em todas as 17 capitais entre fevereiro e março.

As retrações oscilaram entre -8,18%, em Aracaju, e -0,26%, em Recife. Em 12

meses, todas as cidades acumularam redução, com destaque para Vitória

(-2,46%), Florianópolis (-28,05%) e Campo Grande (-26,02%). Mesmo com a

demanda firme por óleo de soja, o excesso de oferta do grão fez cair as cotações

na maior parte do mês.

No varejo, o preço do óleo seguiu em queda.

O preço do quilo da batata baixou em todas as capitais da região Centro-Sul, onde

o tubérculo é pesquisado. As variações oscilaram entre -24,22%, em Campo

Grande, e -8,18%, em Vitória. Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação

de preço, com destaque para Porto Alegre (72,71%), Florianópolis (72,16%), Rio

de Janeiro (70,47%) e Campo Grande (63,68%). A redução pode ser explicada

pelo aumento da oferta, causado pelo atraso no plantio, devido ao excesso de

chuvas. Depois, com a diminuição das chuvas, houve melhora na produtividade.

Entre fevereiro e março, o preço médio do arroz diminuiu em 13 capitais. As

variações oscilaram entre -7,20%, em Porto Alegre, e -0,15%, em Fortaleza. As

altas ocorreram em Belém (2,57%), Recife (2,33%) e Florianópolis (1,39%). Em

12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço, as maiores em Goiânia

(40,46%) e São Paulo (35,50%). As cotações caíram devido ao avanço da colheita

e à importação do grão, que superou as exportações.

O valor do quilo da carne bovina de primeira diminuiu em 13 cidades. As

reduções mais importantes foram registradas em João Pessoa (-5,77%), Vitória   

(-2,10%), Belo Horizonte (-1,97%), Rio de Janeiro (-1,85%) e Fortaleza (-1,71%).

As altas ocorreram em Florianópolis (4,01%), Aracaju (2,33%), Natal (1,54%) e

Campo Grande (0,37%). Em 12 meses, todas as cidades pesquisadas tiveram

queda de preço, com destaque para Natal (-10,41%) e Goiânia 

(-10,11%). O menor volume exportado e a maior oferta de carne explicaram a

queda no varejo.

• Houve elevação do preço da banana em 15 das 17 capitais onde a fruta é

pesquisada. A coleta abrange os tipos prata e nanica. Entre fevereiro e março, os

aumentos oscilaram entre 0,86%, no Rio de Janeiro, e 8,77%, em Natal. As

reduções ocorreram em Campo Grande (-6,25%) e Belo Horizonte (-5,75%). Em

12 meses, o preço da fruta acumulou alta em todas as cidades e chegou a 70,13%

em Belo Horizonte. Com menor nível de oferta dos dois tipos, o preço no varejo

subiu. A maior demanda e a menor oferta elevaram o preço.

O preço comercializado do tomate subiu, entre fevereiro e março, em 14 capitais,

com destaque para as taxas verificadas em Fortaleza (51,54%), João Pessoa

(41,10%), Recife (39,68%) e Natal (34,80%). Houve redução do valor em Porto Alegre (-6,78%), Rio de Janeiro (-2,81%) e Belém (-2,42%).

Em 12 meses, o preço aumentou em todas as cidades e as taxas oscilaram entre 6,96%, em Belém, e 40,40%, em Florianópolis. A instabilidade climática, devido ao excesso de calor e às chuvas intensas, teve impacto na oferta e, no varejo, houve aumento ainda em março.

• O custo do quilo do café em pó subiu em 12 capitais. Destacam-se as variações

de Curitiba (3,81%), Rio de Janeiro (3,09%), Fortaleza (2,78%) e João Pessoa

(2,74%). Entre as localidades com quedas nos preços, a mais expressiva ocorreu

em Porto Alegre (-3,76%).

Em 12 meses, o preço médio caiu em 11 cidades, com variações que oscilaram entre -14,92%, em Porto Alegre, e -2,27%, em São Paulo. As maiores altas acumuladas foram anotadas em Fortaleza (2,78%) e Aracaju (1,09%). O maior volume exportado de café e as incertezas em relação à colheita da safra 2024/2025 explicam a alta no varejo.

Texto/assessoria de Imprensa/Diesse

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