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sexta-feira, novembro 29, 2024
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Ari Vequi e Gilmar Doerner fazem transição para governo interino assumido pelo presidente da Câmara

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Na manhã desta segunda-feira, 08, foi realizado o ato de passagem para o governo interino da Prefeitura de Brusque, assumido oficialmente pelo presidente da Câmara de Brusque, André Vechi, DC. O ex-prefeito, Ari Vequi, MDB, e o ex-vice-prefeito, Gilmar Doerner, DC, realizaram a assinatura dos documentos de cassação dos diplomas conforme determinação do TSE – Tribunal Superior Eleitoral, diante da decisão do colegiado de ministros da corte que resultou em novo episódio de intervenção de mandato político-administrativo na história de Brusque.

Com o gabinete oficial ocupado pelo corpo de secretários municipais, diretores e superintendentes, apoiadores, vereadores da base governista, familiares, Ari Vequi e Gilmar Doerner falaram pela primeira vez em público sobre a decisão do TSE.

“Hoje estou deixando dignamente o exercício do cargo público de prefeito de Brusque em razão de uma ação judicial da qual considero injusta, injusta! Injusta! ”, frisou Ari.

Em tese de sua defesa, sob acusação de suposto uso de poder econômico pela influência do empresário Luciano Hang durante a campanha eleitoral nas eleições de 2020, o ex-prefeito Ari Vequi disse que na época, a chapa Ari Vequi e Gilmar Doerner já vencia o pleito conforme a primeira pesquisa eleitoral do Instituto Mapa, o que legitima sua vitória nas urnas sem haver abuso de poder do referido empresário.  

“Nossa votação foi expressiva com mais de 25.736 votos, mas nossos dois adversários que impetram a ação somados fizeram mil votos a menos, 24.600”, disse.

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral, face ao agravo regimental impetrado pelo Partido dos Trabalhadores de Brusque, soou como uma atitude de não reconhecimento da vitória nas urnas diante do posicionamento dos adversários nas eleições, inicialmente pela coligação de partidos PT, PV e PSB da cidade. No entanto, somente o PT seguiu na ação nas instâncias superiores.

“Nossos adversários que impetraram fizeram a ação, somados, fizeram mil votos a menos, 24.600, iniciaram o processo no ‘tapetão’” – já respeitamos a decisão e assim fizemos, pois respeitamos toda decisão judicial, frisou.

“Cumpro essa determinação judicial, faço questão de cumprir abertamente, saiu de mãos limpas e cabeça erguida, pela porta da frente – por onde entramos eu Gilmar, pelo voto popular para essa honra de ser prefeito dessa cidade”, complementou.

Confira a reportagem em áudio:

Com a cassação dos diplomas em vigência, o corpo jurídico de Ari Vequi e Gilmar Doerner seguem com recursos no próprio TSE e com uma nova empreitada no STF – Supremo Tribunal Federal, com ação cautelar para ser concedido uma liminar para que Ari se mantenha no cargo até o fim do processo da ação eleitoral, enviada a ministra Carmem Lúcia.

O corpo jurídico tenta uma agenda presencial com a ministra para argumentar a ação.

“Nossa expectativa é que ela conceda liminar reconhecendo que não houve abuso eleitoral ou uma nova redistribuição do processo para outros ministros por ela participar da sessão no TSE”, explicou o advogado Paulo Mayer, acompanhado do advogado Leonardo Maestri.

Transição –  O ato ocorreu com a presença do agora prefeito interino de Brusque, André Vechi, que foi base do governo no mandato anterior às eleições de 2020.

Em sua fala inicial no gabinete, Vechi lamentou a cassação.

“Quero prestar minha solidariedade e compartilhar do sentimento de injustiça que a população compartilhou – independente de que qualquer questão política, tenho muito carinho pelos senhores (Ari e Gilmar), disse.

Sobre a administração do governo interino falou que se pautará pela continuidade os projetos e cronogramas, com pouquíssimas alterações nos quadros de comissionados.

“Que a gente possa unidos tentar minimizar o impacto dessa decisão que possa causar problemas à cidade, independente da questão política, temos que colocar a cidade a cima de qualquer interesse; vamos manter equipe, com duas a três pessoas de minha confiança e vamos buscar dar continuidade aos projetos para que a cidade não pague o preço de uma decisão que foge do nosso controle”, frisou.  

Vechi deixa a presidência da câmara ao vice, Deivis da Silva, MDB.

Novas eleições – o cenário para eleições suplementares permanece desconhecido em sua totalidade, sob o aguardo da decisão do acórdão do TSE após o deferimento do agravo regimental.

No entanto, o portal do TSE destaque que o pleito se dará conforme prevê o artigo 224 (parágrafo 3º, inciso I) do Código Eleitoral, sendo que os eleitores de Brusque deverão voltar às urnas para escolher novos integrantes para o cargo de prefeito e vice-prefeito.

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