A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu demitir Dorival Júnior do cargo de técnico da Seleção Brasileira. A saída do treinador foi comunicada em reunião com o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, na tarde desta sexta-feira, 28 de março. A decisão ocorre após a derrota para a Argentina em Buenos Aires, considerada o estopim para o desgaste interno em relação ao trabalho do comandante.
A CBF entendeu que Dorival não conseguiu implementar um padrão tático à equipe, com dificuldades evidentes desde a Copa América. Além disso, houve incômodo com o perfil das convocações e a falta de uma base consolidada para o Mundial de 2026. Fatores como a influência de seu filho e auxiliar, Lucas Silvestre, e a ausência de um contraponto técnico na comissão também pesaram contra a permanência do treinador.
O treinador deixa o cargo após um ano e 16 jogos. Ancelotti é o preferido para a vaga. Os auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero, e o preparador físico Celso Resende também estão fora. A definição do substituto será tratada após a oficialização da demissão.
Dorival Júnior assumiu a seleção em janeiro de 2024, após deixar o São Paulo, e tinha contrato até o fim da Copa do Mundo de 2026. No entanto, os resultados não atenderam às expectativas, e a derrota por 1 a 0 para a Argentina, na última terça-feira, 25, no estádio Mâs Monumental, em Buenos Aires, foi o fator determinante para a decisão.
Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição nas Eliminatórias, com 21 pontos. Os seis primeiros colocados garantem vaga direta para a Copa de 2026, enquanto o sétimo disputará uma repescagem.
Sob o comando de Dorival, a seleção disputou 16 partidas, obtendo sete vitórias, sete empates e duas derrotas, com 25 gols marcados e 17 sofridos. Além das Eliminatórias, o time também disputou a Copa América de 2024, sendo eliminado pelo Uruguai nas quartas de final.
Por enquanto, não há definição sobre quem será o substituto de Dorival. A escolha será feita por Ednaldo Rodrigues, que foi reeleito por aclamação, nesta segunda-feira, para comandar a CBF até 2030.
Com 62 anos, Dorival assumiu a seleção em 10 de janeiro de 2024, substituindo Fernando Diniz. Desde sua chegada, o técnico acumulou sete vitórias, sete empates e duas derrotas. O desempenho ofensivo registrou apenas 25 gols marcados, enquanto a defesa sofreu 17 gols.
Na única competição oficial que disputou, a Copa América de 2024, o Brasil não obteve um bom desempenho. Avançou para as quartas de final com cinco pontos em três jogos na fase de grupos, mas foi eliminado após um empate sem gols com o Uruguai e derrota nos pênaltis. Na partida contra os uruguaios, a seleção jogou com um jogador a mais por 20 minutos, após a expulsão de Nández.
Nas Eliminatórias, o aproveitamento também foi considerado insatisfatório, atingindo apenas 50%. A seleção conquistou 21 pontos em 42 possíveis, marcando 20 gols e sofrendo 16. Atualmente, ocupa a quarta colocação, com 10 pontos a menos que a líder Argentina, já classificada para o Mundial de 2026.
Durante seu período à frente da seleção, Dorival convocou 58 jogadores, promoveu 19 estreias e teve de administrar 21 cortes.
