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segunda-feira, março 31, 2025
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Brusquense relata momento de tensão em assalto de grandes proporções; “dia difícil”, mas com o aprendizado para “agradecer”

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Os minutos que se passaram na vida de Rafael Kohler com a sua filha Antonela, de seis meses, na cena final do assalto que iniciou em Itapema e terminou em Brusque, com o capotamento da caminhonete dirigida por um adolescente infrator, equipes táticas da Polícia Militar, o Helicóptero Águia sobrevoando a Avenida Bepe Roza, ficaram marcados na imagem mais comovente do cenário policial: o temor de um pai com a filha nos braços, o amor paterno em plena pulsão, só não mais forte que esplendor de um anjo, que de tão pequenina, não sabe que suas asas são invisíveis.

O imediatismo que propaga imagens, vídeos, é capaz produzir fenômenos, mas, a vida é imantada pela realidade do tempo. Rafael, o Kola (como é conhecido) fazia o trajeto normal de todos os dias na volta pra casa e ao trafegar pelas imediações da Ponte do Trabalhador, a caminhonete tomada de assalto passou por Rafael, que se quer imaginaria um segundo encontro, dada a velocidade do carro em fuga.

Rafael percebe a movimentação, atípica, para um brusquense, que conhece bem o ritmo da cidade. Mas, estranha o Helicóptero Águia sobrevoando os céus, os fortes homens do tático abordo do reforço policial em viaturas ostensivas.

Após a curva fechada, que se abre para a continuidade da via marginal mais movimentada da cidade, local de transeuntes, pedestres, ciclistas, corredores – a Beira Rio dos passeios, Rafael se aproxima do momento final da cena criminosa.

Do alto do loteamento Malossi, uma região mista entre empresas, residências e um Sushi, na sua via mais próxima do paredão da Beira Rio, cai uma caminhonete.

Rafael tem a sua volta pra casa interrompida. O tempo para: policiais cercam o carro, no cumprimento do dever de proteger, todos os esforços são empregados para impedir e dar fim a qualquer empreitada de fuga.

A mente de um pai com a filha pequena no carro entrou em adrenalina, em estado de temor. – Quem estava no carro? qual seria a periculosidade dos criminosos – poderia haver troca de tiros – se formos reféns?

Rafael segura a filha no colo, durante assalto em Brusque,
Rafael segura a filha no colo, durante assalto em Brusque,

A ajuda chegou! O trabalho policial exige muitos preparos – a segurança psicológica é uma delas. Policias na cena amparam Rafael, que com auxílio da guarnição fica com a filha nos braços – é o seu mundo, vai protege-lo como a melhor forma: um abraço-abrigo. Neste momento ocorreu uma descarga de emoções.

“Foi uma situação muito difícil, neste momento ocorreu uma descarga muito forte de emoções, tensão, mensurar o risco de tudo que poderia ter acontecido – pouco de quilometragem mais ou a menos poderia ser mais próximo ainda’, disse Rafael.

Ele saiu do acidente assim que possível – após receber apoio da Polícia Militar, que chegou a perguntar se havia necessidade atendimento pré-hospitalar, dado ao estado de choque.

Rafael voltou a seu lar, estava seguro e recebeu o amparo mais fundamental. O consolo da esposa Sara. Nas redes sociais, no fluxo da sua voracidade, na imprensa, que trabalhava em tempo real, minuto a minuto, o caso tinha sequência. Rafael, que é uma figura popular, conhecido no ramo de setor de venda de veículos há 16, cresceu no setor e hoje é empresário do ramo, recebia diversas mensagens.

Só então que Rafael percebe que a ocorrência é de grandes proporções, principalmente pela imagem dele com a filha no colo, que correu as redes sociais.

 “Logo em seguida recebi muitas ligações/mensagem e vi então o vídeo com a filha no colo; vai vindo imagens e esquecer talvez nunca se esqueça, mas o importante é aprender e de principalmente de agradecer, por ter terminado tudo bem”.

Rafael Kolher teve mais uma vez um capitulo marcante em sua história. Mas, como pai de duas filhas, Martina de sete anos, Antonela de seis meses, um “bruxquense” nato que se decida ao trabalho e ao lazer, sabe que é preciso seguir em frente e dar valor as boas lembranças, como o título do quadro Bola Cheia do Fantástico em 2011. O quadro que fez sucesso sob apresentação de Tadeu Schimidt, no Fantástico, teve o brusquense entre os candidatos, com um belo gol ao acertar um chute de fora da área – indefensável para o arqueiro.

A jogada teve como título – a geometria perfeita. Uma reportagem que valerá nas lembranças de Rafael pelos bons momentos da vida; quando flash de um “dia difícil” surgir nas sombra das memórias. A vida é geometricamente imprevisível.

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