O rio que corta a cidade já foi caminho, sustento, ameaça. Neste sábado (22), ele foi protagonista. A tradicional Descida do Rio, promovida pela Defesa Civil de Brusque, chegou à sua 12ª edição em celebração ao Dia Mundial da Água, reunindo embarcações, voluntários e um objetivo claro: olhar o Itajaí-Mirim para além das enchentes e enxergar a vida que nele resiste.
Foram cinco quilômetros de percurso, entre remadas e correntes, mas também entre pneus, plásticos e todo tipo de resíduo retirado das águas. Além das equipes embarcadas, voluntários percorreram as margens para recolher o lixo acumulado na vegetação. A cada sacola cheia, uma lembrança incômoda: o que se descarta sem cuidado, cedo ou tarde, volta pelos caminhos da correnteza.
“O rio é muito associado a desastres e enchentes, mas quando a gente desce por ele, percebe que há muita vida. Peixes, capivaras, garças, marrecas, entre outros. O Itajaí-Mirim é bonito para quem se permite vê-lo com outros olhos”, reflete o coordenador da Defesa Civil de Brusque, Edevilson Cugiki.
O evento, além de um convite ao contato direto com o rio, busca conscientizar. Cugiki explica que a ação busca relembrar a importância da preservação. “O lixo descartado irregularmente, mesmo que sem querer, acaba chegando ao rio. Queremos que as pessoas entendam esse ciclo e mudem a forma como enxergam e cuidam da água”.
Entre remadas e reflexões, o Rio Itajaí-Mirim, segue sendo a vida que corta a cidade.
Texto – SECOM-Prefeitura de Brusque
Fotos: Duda Antunes/Prefeitura de Brusque.


