Um trabalho desenvolvido por estudantes do Colégio UNIFEBE será avaliado durante a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace). Ele é um dos 10 catarinenses finalistas da edição 2025 do evento e foi elaborado pelas estudantes Camila Stofela, Isadora Lofhagen e Julia Meus Vicentini, atualmente na 3.ª Série do Ensino Médio. Ao todo, 300 propostas de todo o país estão na disputa.
A produção do projeto “Redução do Descarte de Resíduos Plásticos por meio da Reutilização de Casca de Palmeira para a Produção de Pratos e Embalagens Sustentáveis” iniciou ainda quando as estudantes estavam na 2.ª Série do Ensino Médio, sob orientação dos professores Simone Sobiecziak e Heitor Paloschi. Antes da programação sediada na Universidade do Estado de São Paulo (USP), de 24 a 28 de março, elas já eram reconhecidas pelo projeto desde a sua primeira exibição, ainda em setembro de 2024, durante o II Encontro de Iniciação Científica do Colégio UNIFEBE. Nele, o projeto foi o trabalho com melhor avaliação entre as apresentações.

Desde o lançamento, o trabalho participou da IX Feira Brasileira de Iniciação Científica, realizada em Pomerode, conquistando o prêmio Destaque em Melhor Projeto Oriundo de Escola Particular e o segundo lugar no prêmio de Excelência em Iniciação Científica do Instituto Brasileiro de Iniciação Científica. Segundo a professora Simone Sobiecziak, o estímulo e desenvolvimento de projetos de iniciação científica fazem parte de uma cultura consolidada no Colégio.
Para ela, a participação no que é considerada a maior Feira do tipo no país é fruto do trabalho e empenho ao longo dos três anos que a instituição participa das programações. “Estas três alunas estão fazendo história ao conseguir estar nessa feira. Elas foram dedicadas, resilientes, leram um número incontável de artigos científicos, possuem uma capacidade de argumentação incrível, são proativas e determinadas”, descreve a professora. “Fico emocionada ao olhar a trajetória delas e perceber o quanto a Iniciação Científica possibilitou crescimentos e experiências incríveis a essas excepcionais estudantes”, finaliza.
Iniciação Científica
O diretor do Colégio UNIFEBE, professor Leonardo Ristow, reconhece o empenho de professores e estudantes envolvidos no projeto e destaca a possibilidade de participação em uma das principais feiras de ciência e engenharia do país. “É motivo de orgulho por classificarem o trabalho e estar continuando no mesmo trabalho apresentado na Febic, no passado, e está em contínua melhora”, descreve o diretor.
A presidente da Fundação Educacional de Brusque – FEBE, professora Rosemari Glatz, destaca a relevância da participação na programação e da experiência proporcionada às estudantes. “Para nossa instituição, é importante ver o trabalho destes e tantos outros talentos sendo levado para programações tão importantes. Isso valoriza o trabalho de estudantes, pesquisadores e professores, que colaboraram com a atividade e pode estimular os jovens que pretendem se dedicar à pesquisa. O conhecimento científico, estimulado e desenvolvido no Colégio UNIFEBE e UNIFEBE, se reverte em desenvolvimento para toda a sociedade”, descreve.
Dedicação ao projeto
Entre o grupo de estudantes, a classificação para a programação representa o reconhecimento à dedicação que tiveram ao projeto. Na época, a escolha levou em conta a sustentabilidade, voltada à redução de descarte de plástico, e a aparente facilidade de acesso à matéria-prima para o projeto.
Além da pesquisa e busca por referenciais, o projeto exigiu o desenvolvimento de protótipo, no Laboratório de Materiais e Ensaios Mecânicos da UNIFEBE, assim como melhorias para atingir resultados esperados. “No início, foi um verdadeiro choque de realidade para mim, pois exigia um nível de aprofundamento que eu não estava acostumada a fazer. Lembro de passar horas pesquisando e me dedicando intensamente ao projeto”, recorda Isadora Lofhagen sobre o início da jornada. “A iniciação científica transformou a minha vida de várias maneiras. Ela ensina senso crítico, escrita acadêmica e resiliência, habilidades que nos preparam para o futuro, além das oportunidades que a iniciação científica pode gerar”, descreve.
O sentimento é compartilhado pelas colegas, que reconhecem os reflexos do desenvolvimento do projeto na sua formação. “Não fazíamos ideia de que o nosso projeto chegaria tão longe, atingiria tantas pessoas e pudesse passar por feiras que nos gerassem experiências únicas”, reconhece Camila Stofela, que atribui, boa parte do seu desenvolvimento no Ensino Médio ao estímulo à iniciação científica.
“Todo o aprendizado que alcançamos não vem só das experiências que vivemos em feiras, ele é atingido durante todo o desenvolvimento de projetos de iniciação científica, como o nosso”, reforça Julia Vicentini. “É uma oportunidade incrível que nos mostra que todo o nosso esforço e trabalho duro valeram muito a pena, são frutos que estamos colhendo e vamos levar para a vida.”