Em outubro de 2024, a cesta básica da cidade de Brusque custou R$ 656,30, tendo registrado um aumento de 4,91% em relação ao mês anterior. O aumento acompanha o movimento verificado em todas as capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, sendo que as altas mais expressivas ocorreram em: Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%), Fortaleza (4,13%), Belo Horizonte (4,09%), Curitiba (4,03%) e Natal (4,01%)
Em outubro de 2024, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.412,00, se considerarmos o salário-mínimo líquido (R$ 1.306,10), após o desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 50,25% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Entre os itens da cesta, os produtos que registraram queda de preço foram: banana (-9,28%) e arroz (-0,58%). Os itens que exibiram aumento foram: tomate (33,97%), óleo (8,91%), carne (6,73%), feijão (5,47%), café (2,94%), manteiga (1,99%), leite (1,93%), pão (1,54%), açúcar (1,16%), batata (0,65%) e farinha de trigo (0,50%).
Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em outubro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.769,87 ou 4,79 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.657,55 e correspondeu a 4,71 vezes o piso mínimo. Em outubro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.210,11 ou 4,70 vezes o valor em vigor na época, que era de R$ 1.320,00.
Cesta x salário-mínimo (Brusque)
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Brusque passou de 97 horas e 28 minutos em setembro de 2024 para 102 horas e 15 minutos em outubro de 2024.
Comportamento dos preços dos produtos da cesta1
O preço do quilo da carne bovina de primeira subiu em todas as cidades onde o DIEESE realiza a pesquisa. As maiores altas ocorreram em Fortaleza (9,95%), Campo Grande (8,62%), Brasília (8,02%) e Natal (7,68%). Em 12 meses, os principais aumentos foram registrados em Fortaleza (14,80%), São Paulo (13,25%), Brasília (13,16%), Goiânia (12,19%), Campo Grande (11,59%) e Rio de Janeiro (11,59%). Em Aracaju, o preço médio acumulou queda de -0,81%. As estiagens e as queimadas prejudicaram o pasto, os bois em confinamento não foram suficientes para manter o nível de oferta e os preços no varejo aumentaram.
Entre setembro e outubro, o valor do óleo de soja, no varejo, subiu em todas as capitais. As altas variaram entre 1,35%, em Belém, e 11,88%, em Goiânia. Em 12 meses, também houve elevação em todas as cidades, com altas acima de 20% em Vitória (25,76%), Belo Horizonte (24,91%), Rio de Janeiro (24,13%), Goiânia (23,58%) e Campo Grande (21,77%). O aumento da demanda por óleo bruto manteve elevado o volume exportado e, apesar das expectativas positivas em relação à produção de soja no país, no varejo o preço do óleo de soja seguiu em alta.
O preço do quilo do café em pó aumentou em 16 das 17 capitais, entre setembro e outubro. A única variação negativa ocorreu em Brasília (-0,63%). As altas oscilaram entre 0,08%, em Aracaju, e 8,87%, em Curitiba. Em 12 meses, todas as cidades mostraram taxas positivas, com destaque para Belo Horizonte (56,25%) e Salvador (50,21%). Além do recorde de volume exportado, entre julho e setembro de 2024, o clima seco pode comprometer a nova safra, o que vem causando aumento no preço do café nos últimos meses.
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O valor do leite UHT aumentou em 15 capitais, com taxas entre 0,48%, em Goiânia, e 3,59%, em Natal. As retrações ocorreram em Curitiba (-0,79%) e Campo Grande (-0,32%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram variações positivas, com destaque para as taxas de Porto Alegre (22,32%) e de Curitiba (18,66%). A menor oferta no campo, devido ao clima adverso, e a maior demanda por parte das indústrias produtoras de laticínios, encareceram os derivados.
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O quilo do tomate teve aumento de preço em 15 cidades, entre setembro e outubro. As altas variaram entre 4,06%, no Rio de Janeiro, e 37,23%, em Brasília. As reduções foram registradas em Vitória (-5,08%) e Belém (-4,42%). Em 12 meses, o preço do fruto apresentou queda em todas as capitais, com taxas que oscilaram entre -48,87%, em Fortaleza, e -18,78%, em Belém. O calor dos meses anteriores acelerou a maturação do tomate; assim, o mercado esteve abastecido e com valores menores. Em outubro, a oferta diminuiu com o término da safra de inverno e o preço no varejo aumentou.
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O valor do quilo da batata baixou em oito das 10 capitais da região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado, com variações entre -9,95%, em Porto Alegre, e -0,41%, no Rio de Janeiro. As altas ocorreram em Campo Grande (1,69%) e Belo Horizonte (1,25%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço,
com destaque para as variações de Belo Horizonte (55,56%), Brasília (51,84%), Curitiba (51,52%) e Florianópolis (50,42%). Apesar da menor oferta de batata, a demanda e os preços diminuíram.