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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Cesta básica em Brusque tem queda de 0,66% em setembro

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Tomate, batata e pão foram alguns dos alimentos que registraram queda

Em setembro de 2024, a cesta básica da cidade de Brusque custou R$ 625,61, tendo registrado uma queda de 0,66% em relação ao mês anterior. A queda acompanha o movimento verificado em 6 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, sendo que as diminuições mais expressivas foram observadas em Belém (-2,58%), Fortaleza (-2,31%) e Aracaju (-1,98%). Nas cidades onde houve crescimento do valor da cesta básica, as altas mais expressivas ocorreram em: Porto Alegre (2,07%), Florianópolis (1,59%) e Rio de Janeiro (1,56%). Em Brusque a Pesquisa é realizada por meio da parceria entre Fórum das Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região (Fórum Sindical), DIEESE e Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Brusque (Sintrafite).

Em setembro de 2024, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.412,00, se considerarmos o salário-mínimo líquido (R$ 1.306,10), após o desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 47,9% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.

Entre os itens da cesta, os produtos que registraram queda de preço foram: tomate (-11,37%), batata (-3,3%), pão (-3,04%), arroz (-2,53%), manteiga (-1,81%) e carne (-0,05%). Os itens que exibiram aumento foram: café (7,7%), feijão (6,19%), banana (4,86%), óleo (3,41%), leite (1,08%) e açúcar (0,23%). Farinha de trigo apresentou estabilidade no mês.

Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.657,55 ou 4,71 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em agosto, o valor necessário era de R$ 6.606,13 e correspondeu a 4,68 vezes o piso mínimo. Em setembro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o valor em vigor na época, que era de R$ 1.320,00.

Cesta x salário-mínimo (Brusque)

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Brusque passou de 98 horas e 7 minutos em agosto de 2024 para 97 horas e 28 minutos em setembro de 2024.

Comportamento dos preços dos produtos da cesta1

• O preço do quilo do café em pó aumentou em todas as capitais, entre agosto e setembro. As altas variaram entre 2,27%, em Fortaleza, e 12,48%, em Campo Grande. Em 12 meses, também houve elevação em todas as cidades, com destaque para os percentuais de Belo Horizonte (53,91%) e Aracaju (48,54%). A ausência de umidade no ar, efeito do El Niño, e as queimadas pontuais tiveram impacto sobre o volume de grãos. O preço seguiu em alta no varejo.

• Entre agosto e setembro, o valor do óleo de soja no varejo subiu em 16 capitais e ficou estável em Natal. As taxas oscilaram entre 0,29%, em Aracaju, e 8,41%, em Vitória. Em 12 meses, o preço aumentou em todos os municípios pesquisados. As altas mais significativas foram verificadas em Belo Horizonte (19,50%) e no Rio de Janeiro (16,29%). A demanda firme pelo grão e pelo óleo e o excesso de calor, causado pela instabilidade climática, elevaram o valor do produto no varejo.

• O preço do quilo da carne bovina de primeira subiu em 16 das 17 cidades onde o DIEESE realiza a pesquisa. A queda ocorreu em Aracaju (-1,84%) e as altas variaram entre 0,17%, em Belém, e 4,04%, no Rio de Janeiro. Em 12 meses, os principais aumentos foram registrados em São Paulo (7,46%), no Rio de Janeiro (6,53%) e em Goiânia (6,25%). Em Porto Alegre (-5,69%), Aracaju (-4,35%) e Natal (-3,35%), houve queda no preço médio. A escassez de bois no pasto, devido ao clima, e o consumo aquecido provocaram elevação do preço no varejo.

• O valor do leite UHT aumentou em 13 capitais, com taxas entre 0,15%, em Fortaleza, e 7,75%, em Recife. As retrações ocorreram em Goiânia (-0,62%), Porto Alegre (-0,37%), Florianópolis e Brasília (-0,16% em ambas). Em 12 meses, com exceção de Vitória (-3,66%), houve alta acumulada em todas as capitais pesquisadas. As variações ficaram entre 3,06%, em Natal, e 15,06%, em Porto Alegre. A menor oferta no campo, devido ao clima adverso (chuvas excessivas no Sul, estiagem e queimadas em outras regiões), elevou o preço dos derivados.

• O valor do quilo da batata diminuiu em nove das 10 capitais da região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado, com variações entre -9,99%, em Campo Grande, e -0,96%, em Belo Horizonte, entre agosto e setembro. Em Porto Alegre, houve aumento de 7,15%. Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço, com destaque para as variações de Brasília (103,27%), Belo Horizonte (93,80%) e Rio de Janeiro (80,93%). O calor excessivo elevou a oferta e reduziu o preço no varejo.

• O quilo do tomate teve o valor reduzido em 13 cidades, entre agosto e setembro. As quedas variaram entre -21,76%, em Fortaleza, e -1,78%, em Florianópolis. As altas foram registradas em Brasília (11,14%), Rio de Janeiro (2,96%), Goiânia (0,47%) e Vitória (0,43%). Em 12 meses, o preço do fruto apresentou queda em todas as capitais, com taxas que oscilaram entre -61,76%, em Natal, e -14,66%, em Belém.

O calor amadureceu o tomate mais cedo, elevando a oferta. O excesso do fruto reduziu os preços no varejo, mesmo com o aumento das exportações.

• O preço médio do quilo do açúcar diminuiu em 12 das 17 capitais na comparação entre agosto e setembro. As reduções variaram entre -3,87%, em Belém, e -0,44%, em Porto Alegre. Não houve alteração de preço em Fortaleza. Entre as cidades que apresentaram alta no valor do açúcar, destaca-se Vitória, com taxa de 2,52%. Em 12 meses, 14 cidades tiveram aumento, com destaque para Aracaju (9,02%), Recife (8,92%), Brasília (8,63%) e Natal (8,37%). As diminuições foram registradas em Porto Alegre (-5,01%) e no Rio de Janeiro (-3,17%). Não houve variação em Curitiba. Apesar da ligeira melhora na demanda e da diminuição da oferta de cana, por causa do clima seco e das queimadas, os preços do açúcar seguiram em queda na maior parte das cidades pesquisadas.

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