O delgado Alex Bomfim Reis concedeu entrevista coletiva para dar detalhes envolvendo a morte de Edinei da Maia, 30 anos. A linha de investigação inicia desde o desaparecimento registrado na delegacia, no dia 22 de fevereiro deste ano, pela esposa, Elisa Zierke dos Passos da Maia, presa nesta sexta-feira, 21, na operação Viúva Negra.
A primeira fase da operação teve como ponto chave a localização do veículo Honda Civic, na cidade de Palhoça, carro pertencente à vítima. Mediante diligências, a DIC cumpriu, com autorização do Poder Judiciário, mandados de buscas domiciliares e prisões temporárias. Na última segunda-feira, 17, policiais prenderam duas pessoas temporariamente após o trabalho de buscas nas cidades de Indaial, Blumenau, São José e Palhoça. Os rastros levaram à polícia a identificar os dois envolvidos que estavam com o referido carro e que tiveram participação na morte de Edinei, culminando com a localização do corpo, encontrado no último sábado, 15, no Morro do Gavião, no Moura.
Com elementos probatórios, a Polícia Civil apurou que a esposa de Edinei, Elisa da Maia, contratou os dois envolvidos que estavam com o automóvel para executar a morte do empresário.
“Compreendido os fatos, foi quando a gente conseguiu provas que a esposa contratou ‘matadores de aluguel’ para execução”, esclareceu o delegado Alex Bomfim Reis.
Em seguida foi representada por novas buscas e mandados de prisão temporária. Documentos e uma arma de fogo foram apreendidos e fazem parte do inquérito policial.
O delegado Alex Bomfim destacou que a linha investigativa traçou a alegação de Elisa da Maia à polícia, na qual ela teria apontado como um dos motivos de contratar a morte do marido, teria sido agredida por ele e que Edinei teria abusado sexualmente de crianças.
No entanto, o delegado Alex disse que a Polícia Civil descarta as acusações, mediante o trabalho de diligências apuradas ao longo do curso investigativo.
A contratação
Conforme a Polícia Civil, Elisa da Maia contratou um “matador de aluguel” e este por sua vez, negociou com comparsas para ajudar na execução do crime.
O Plano
Em união de esforços, o grupo inventou um plano para resultar no deslocamento de Edinei até a cidade de Vidal Ramos, no dia 22 de fevereiro, às 5h; quando o empresário chegou foi rendido pelos criminosos, sendo amarrado e levado no próprio veículo até o Morro do Gavião, divisa entre Brusque, Camboriú e Canelinha, onde os comparsas já estavam no local. Os autores do crime foram para dentro da mata em local ermo, adentrando cerca de 6 metros.
Chegando ao ponto determinado, Edinei foi morto violentamente, com golpes – o instrumento utilizado não está esclarecido pela investigação. Em seguida o corpo da vítima foi enterrado no local.
“De forma clara, foi um crime premeditado, inclusive a cova já estava aberta, (os criminosos foram ao local dias antes) e inclusive fizeram um ‘churrasco’, enquanto cavavam, para dias depois cometerem o crime”, explicou o delegado.
Com a prisão dos envolvidos, a Polícia Civil dará sequência no inquérito para apurar a participação dos suspeitos nas circunstâncias do assassinato. Sendo assim, a investigação tem como suspeita que a real motivação possa estar relacionada nas intenções de Elisa, que por esta insatisfeita no relacionamento, arquitetou o plano
“Tudo indica que era uma questão financeira, uma pessoa que estava insatisfeita no relacionamento, mas que queria se separar (como uma pessoa normal) e optou por uma forma criminosa de encerrar no relacionamento e permanecer com os bens da família”, comentou delegado Alex.