Na última segunda-feira, 10 de junho, foi celebrada a missa de envio dos estudantes do Colégio São Luiz que participarão de um intercâmbio de 40 dias na Indonésia, na Ásia.
O grupo, formado pelos alunos Amanda Erthal da Cunha, Guinter Comper, Henrique Cinelli Pedroso e Letícia Stumpf de Souza; pela coordenadora do Programa Bilíngue, Mariane Werner Zen; e pelo frater da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, Ricardo Vinter, embarca no dia 22 de junho para esta primeira experiência de parceria entre a instituição de Brusque e a Indonésia.
A celebração, realizada na Capela Divino Espírito Santo, contou com a presença das famílias dos intercambistas e foi marcada por momentos de muita emoção. O grupo recebeu uma bênção especial do padre Aléssio da Rosa, vice-diretor do Colégio São Luiz; e também o cordão com a Cruz Dehoniana, símbolo da instituição. A missa marcou ainda a entrega oficial das passagens aos intercambistas pelos seus familiares.
“Essa celebração de envio fazemos em todos os intercâmbios porque sabemos que tudo que aconteceu foi por graça de Deus. Pedimos que Deus possa iluminar, proteger, amparar, mas principalmente, possa oportunizar a esses estudantes vivências únicas e, quando retornarem, possam ter na bagagem novas experiências, pessoas, sorrisos e desafios que lá encontraram e souberam enfrentar”, destaca o diretor do Colégio São Luiz, padre Silvano João da Costa.
Ele considera essa primeira experiência de intercâmbio na Indonésia um sonho da instituição prestes a ser realizado e que proporcionará grandes transformações aos jovens participantes. “Como diretor, me sinto realizado porque, para além da qualidade que o São Luiz dá em sala de aula, dos conteúdos que são necessários e cobrados por órgãos superiores, nós também oportunizamos aos nossos estudantes essa experiência de um conhecimento cultural, de uma riqueza que não se encontra nos livros”.
Preparação para uma nova rotina
A coordenadora do Programa Bilíngue, Mariane Werner Zen, explica que a preparação para o intercâmbio ocorre desde o início do ano, com encontros do grupo uma vez por semana desde março. Além do idioma, eles têm estudado o Manual do Voluntário enviado pela instituição da Indonésia, e também aprofundaram os estudos sobre Padre Dehon, fundador da Congregação SCJ.
“Tivemos encontros com a psicóloga do colégio que fez algumas dinâmicas e oficinas para entendermos nossos sentimentos e saber como lidar com o inesperado e com a distância da família”.
A professora afirma que o grupo já está bem unido e a principal dificuldade desse período de preparação tem sido aprender o idioma. “A primeira língua do país é o indonésio, que é diferente tanto do português, quanto do inglês. Então, estamos estudando juntos por aplicativo, e treinamos entre a gente para praticar o uso de algumas palavras e frases básicas que podem nos ajudar no início com a comunicação”.
O frater Ricardo Vinter será o responsável por acompanhar o lado espiritual dos intercambistas. Por isso, tem atuado com um contato próximo das famílias. “Busquei conhecer o círculo familiar de cada um, o que eles gostam, o que faz bem, o que não faz bem, como eles se comportam diante de certas situações. Tudo isso será importante para prestar um apoio nesses 40 dias longe de casa”.
Ele ressalta o fato de esta ser a primeira experiência de intercâmbio na Indonésia, por isso, há uma certa curiosidade sobre como as atividades vão se desenvolver lá. Por outro lado, ele afirma que as redes sociais têm sido um meio de encurtar as distâncias e se ambientar com o modo de vida do país asiático. “Conversamos com alguns padres da congregação que já estiveram na Indonésia e as redes sociais ajudam muito porque, através do Instagram, por exemplo, conseguimos acompanhar as atividades que os alunos fazem lá, como é o estilo de vida, a arquitetura. Tudo é diferente do Brasil e vamos com esse ímpeto de conhecer o novo, se abrir a essas experiências que o intercâmbio vai proporcionar”.
Ansiedade para o grande dia
Entre os estudantes, o sentimento desses dias pré-viagem é um só: a ansiedade. Todos estão mais do que preparados para conhecer o país, as pessoas e o modo de vida local.
“Estamos ficando cada vez mais ansiosos e nos preparando para entrar com tudo, com a mente aberta para essa nova vivência que vai agregar, tanto na nossa vida de estudante, quanto como pessoa mesmo. Passou muito rápido, parece que nossa primeira reunião em grupo para se preparar foi ontem”, destaca Amanda Erthal da Cunha, relembrando o primeiro encontro em junho do ano passado.
Guinter Comper diz que está se dedicando a aprofundar o inglês e conhecer o indonésio, para se comunicar bem durante esse tempo no país. “Também estou fazendo muito exercício mental para lidar bem com a distância da família”.
Henrique Cinelli Pedroso acredita que a experiência do intercâmbio será transformadora. “Vamos sair da nossa zona de conforto e fazer coisas novas. Estou preparado para essa oportunidade”.
Já Letícia Stumpf de Souza afirma que está estudando bastante o idioma e aproveitando ao máximo o tempo livre com a família, para minimizar a saudade durante os 40 dias. “Vai ser uma experiência enriquecedora. Vou conhecer uma cultura diferente, lugares novos e estou muito ansiosa para provar a comida que é bem diferente daqui também”.
Misto de emoções
Para os pais, há uma mistura de emoções: alegria em proporcionar essa experiência ao mesmo tempo em que precisam administrar a saudade e lidar com a distância dos filhos.
“É a primeira vez do Guinter longe de casa tanto tempo, o coração fica apertado, mas apoiamos totalmente”, destaca Lilian de Souza Comper.
“Quando ficamos sabendo da oportunidade, queríamos até mais do que ele. Agora, que está chegando a hora, acho que vamos passar mais trabalho aqui do que ele lá”, completa o pai, Airton Comper.
Mãe de Amanda, Patrícia Erthal da Cunha não conseguia conter as lágrimas ao falar sobre a viagem da única filha, mas ao lado do marido, Gastão da Cunha, fez questão de apoiar a decisão da jovem. “Ela é uma menina muito boa, é uma grande oportunidade de crescimento”, elogia o pai.
Pais de Henrique, Selonir Cinelli e Sérgio Henrique Pedroso, afirmam que sempre incentivam o filho a conhecer novas culturas. “Incentivamos a viajar, conhecer outros lugares, outras pessoas. Espero que essa experiência ajude ele a amadurecer, a traçar metas na vida a partir do que vivenciar lá. Só temos a agradecer ao colégio pela oportunidade. Confiamos que ele vai representar bem a escola e nossa cidade”, destaca Selonir.
Mãe de Letícia, Cleide Aparecida Stumpf afirma que está com o coração apertado, mas ao mesmo tempo, muito feliz pela filha. “No começo eu não quis deixar, mas fui voto vencido. Vou sentir muita falta dela nesses dias, mas será uma experiência única para o crescimento dela como pessoa e estudante”.
Durante a missa, padre Silvano parabenizou os pais pelo presente que estão dando aos filhos e também pela confiança. “Esses pais estão de parabéns por poder oportunizar a estes filhos essa vivência, mesmo diante da saudade. São pais corajosos, mas mais do que isso, amorosos, que confiam naquilo que ensinaram para os seus filhos, nos valores que passaram a eles. Podem ter certeza que esses valores serão colocados em prática em todos os lugares que os filhos estarão, de modo particular agora na Indonésia”.
Itinerário
O grupo chega, inicialmente, a Jakarta, capital do país, onde ficará um dia. Depois, eles seguem para a região sul do país, em Yogyakarta, onde está localizado o convento da congregação. Lá, ficarão hospedados durante 10 dias para se ambientar, treinar o idioma e conhecer mais a fundo a cultura local. Posteriormente, o grupo segue para o norte da Indonésia, onde fica a cidade de Metro e a escola Sma Yos Sudarso. Os jovens ficarão hospedados em casas de famílias por uma semana e depois alojados juntos na escola para iniciar o trabalho voluntário. A principal função do grupo de Brusque será acolher os alunos novos que vão chegar para viver no internato da escola. “As expectativas são as melhores. Temos certeza que será muito bom, muito gratificante e engrandecedor para todos nós”, destaca a coordenadora do Programa Bilíngue, Mariane Werner Zen.
Texto/Fotos: Ideia Comunicação