Com sete anos de experiência, Renata Maria Costa lembra de todos os partos realizados até hoje
Nesta reportagem especial sobre a Sala de Parto do Hospital Azambuja, que possui uma média de 180 nascimentos por mês, quem também nos ajuda a contar essa história sobre vidas é a enfermeira Renata Maria Costa. Mãe do João Pedro e da Giovana, no ano de 2017, ainda inexperiente, Renata participou pela primeira vez de um nascimento como profissional da obstetrícia. No dia 2 de novembro deste ano, realizou o parto de número 300 na sua carreira como enfermeira obstetra.
>>Por trás dos números: Como é a Sala de Parto do Hospital Azambuja<<
“Em fevereiro, completo sete anos no hospital, e durante essa trajetória, fui fazendo e marcando os partos em casa. De dois anos para cá tenho feito fotos dos bebês, com autorização dos pais. Sinalizo, coloco o nome da criança e encaminho ao celular do meu marido, depois eu imprimo e coloco num álbum”, relata.
Renata garante que lembra de todos os partos, desde o primeiro em 2017, quando auxiliou no parto do pequeno Rafael, ao José Vinícius, que nasceu no último dia 2 de novembro e consagrou à Renata a marca dos 300 partos assistidos na profissão. “Teve uma vez que um senhor desceu do carro e disse ao filho: ‘olha, aquela mulher te trouxe ao mundo’, e sempre tem alguém que me encontra na rua e comenta: ‘minha filha já está com 5 anos, você a trouxe ao mundo’. Mas eu costumo falar que quem faz o parto é a mãe e o bebê, a gente só auxilia”, ressalta.
Renata, juntamente com mais seis enfermeiras capacitadas, são responsáveis por acompanhar todo o serviço oferecido na sala de parto do Hospital Azambuja – desde o início do trabalho de parto até o nascimento do bebê. São mamães com histórias distintas, mas com sentimentos similares: a gestação. Tem dias que são inúmeras gestantes ao mesmo tempo na sala de parto, a maioria passarão pelo parto natural.
A enfermeira observa que tem crescido consideravelmente o número de partos normais na unidade hospitalar. São mães de Brusque, Guabiruba e Botuverá, mas também há pacientes de Gaspar, Itajaí, Porto Belo, Balneário Camboriú, Canelinha, São João Batista e Nova Trento. “Elas vêm em busca de um bom atendimento, e é o que temos a oferecer”, conta Renata.
Na maioria das vezes, as gestantes chegam à Sala de Parto carregadas de dúvidas e ansiedade. Principalmente as de primeira viagem. “E isso as leva várias vezes ao hospital, nas chamadas primeiras contrações de ensaio, onde o corpo vai mostrando à mãe como é a dor, começa a dilatação, e isso as deixa ansiosas. E aí a gente ajuda, explica tudo o que for necessário para que elas compreendam que faz parte do processo”, explica a enfermeira. “Hoje, depois de 300 partos realizados, já quase não choro mais, mas nos emocionamos junto com os pais, sempre, a cada parto. É muito emocionante poder fazer parte da história da família que está se formando”, confessa.
Confira a reportagem completa em áudio!
A enfermeira compartilha algumas dicas que ajudam a preparar as mamães para viver com mais tranquilidade e coragem a tão sonhada e esperada ‘hora’:
- Pesquisar e ler sobre o parto;
- Fazer exercícios, como caminhada, alongamento;
- Ter em mente que não existe parto sem dor;
- Tentar relaxar, ouvir músicas, preparar o psicológico.
Evolução
Médico há 46 anos, e há mais de 30 anos como médico obstetra do Hospital Azambuja, o Cirurgião Geral, Obstetra e Ginecologista Dr. Getúlio de Almeida, coordenador do Centro Obstétrico, vê com bons olhos toda a evolução que o Azambuja passou para chegar ao cenário de ter seu próprio setor de UTI Neonatal, por exemplo, entre outros avanços.
“Nosso grande problema antigamente era a falta de UTI Neonatal, e a chegada dela no ano passado fez com que as pessoas permaneçam aqui e prefiram Brusque para os atendimentos. Hoje, temos uma excelente estrutura, com muitas salas, e, além disso, um ótimo número de plantonistas”, comemora o experiente médico. “Pode acontecer qualquer coisa, pode-se ter um ou oito partos, tudo vai transcorrer da mesma forma, nada se altera”.
Continua…