Os vereadores da Câmara de Brusque se reuniram em sessão ordinária nesta terça-feira, 11, a última antes do período do recesso parlamentar. No espaço da Palavra Livre e de comunicados partidários, alguns vereadores debateram o quadro político local em razão da Eleição Suplementar no dia 3 de setembro que elegerá o novo prefeito e vice-prefeito de Brusque – em razão da cassação do mandato de Ari Vequi e Gilmar Doerner pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
Entre as discussões travadas pelos vereadores, o tema de maior destaque foi para o quadro de exonerações no secretariado municipal (1º escalão) e nas autarquias da Prefeitura. O debate em torno de possíveis candidaturas também ganhou conotação em alguns momentos da sessão.
A sessão terminou com um projeto que gerou polêmica no plenário da Câmara. Entrou para votação, em regime de urgência – pouco antes da sessão, por encaminhamento da mesa-diretora, o Projeto de Lei 14/2023, que Altera a Lei Complementar nº 354, de 16 de dezembro de 2021, que “Dispõe sobre a organização da estrutura administrativa da Câmara Municipal de Brusque, bem como sobre o plano de classificação de cargos, carreira e remuneração dos servidores do quadro geral do Poder Legislativo” e dá outras providências.
A matéria acompanha o projeto da reforma administrativa, no entanto, cria o cargo de Diretor dos Setores Jurídico e Legislativo.
O profissional deve ter formação na área jurídica, com registro na OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, com vencimento de R$ 12.500,00.
O vereador Jocemar dos Santos foi o primeiro a se pronunciar e manifestar o posicionamento contrário ao projeto.
O vereador Cassiano Tavares também manifestou na tribuna seu voto contrário.
O vereador Nick Angêlo Imofh em razão do debate na tribuna pediu vista para votação do projeto, que foi acatado pela maioria. Sendo assim, o projeto foi retirado de pauta para retornar às comissões.
Ao final da sessão, Nick destacou o pedido de vista.
O presidente da Câmara, Deivis da Silva, comentou sobre a matéria destacando que o projeto atende a uma necessidade dos trabalhos no poder legislativo, mas que entende sobre o posicionamento dos vereadores. Deivis respondeu também sobre o voto contrário anunciado pelo vereador Ricardo Gieanesini, o Rick, 2º Secretário da casa, que disse não concordar com o projeto.
Ao final, o vereador Ricardo Gianesini explicou seu posicionamento em torno do projeto.
Homenagens
A Câmara de Brusque concedeu homenagem da Comenda de Mérito Profissional para Ângela Maria dos Santos Oliveira. Ela é a primeira mulher pediatra de Brusque a receber o Diploma do Mérito Médico e exerceu a função por 40 anos.
Outra Comenda do Mérito Profissional foi entregue para Eliseni Cardozo pelos 43 anos de serviços prestados ao judiciário catarinense. Ela atuou por 23 anos de Brusque na central de mandados e participou de diversas apurações em eleições. A homenagem foi proposta por Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos) e Rogério dos Santos (Republicanos).
Também foi entregue Comenda do Mérito Religioso à Paróquia São Luiz Gonzaga pelos 150 anos de atividades, proposta por André Batisti, o Deco (PL). O pároco Diomar Romaniv recebeu a homenagem e agradeceu aos vereadores pela homenagem.
Solenidade vai celebrar 140 Anos do Poder Legislativo brusquense
A sessão ocorre nesta quinta-feira, 13, às 18h30, no plenário da Câmara Municipal de Brusque. Conforme já noticiado, oito servidores aposentados pela casa legislativa serão homenageados no evento.
Exposição
Parte selecionada do acervo fotográfico e documental do Legislativo estará em destaque na exposição itinerante a ser aberta na mesma data. O trabalho ficará disponível à visitação na Câmara e depois seguirá para outros ambientes onde haja expressiva circulação de munícipes.
Saiba mais
A instalação do Legislativo brusquense data de 8 de julho de 1883. O ato marcou a emancipação político-administrativa do município, criado por lei em 1881, em relação à Colônia Itajahy.
Em maio daquele mesmo ano, o juiz de paz Germano Thieme presidira a eleição da primeira Câmara de Vereadores de Brusque. Naquela época, tanto na então Freguesia de São Luiz Gonzaga como em todo o país, o voto era um direito restrito a uma privilegiada minoria de cidadãos.
Créditos fotos: Aline Bortoluzzi/Imprensa Câmara Brusque