Os Trabalhadores Metalúrgicos de Brusque e região se reuniram na manhã deste domingo, 21 de maio, para a terceira assembleia geral da Convenção Coletiva de Trabalho 2023/2024 do ano, com o objetivo de debater a proposta de reajuste salarial dos patrões.
O setor empresarial propôs o mesmo valor da semana passada, 0,67% de ganho real, mais o índice do INPC (Índice Geral de Preços ao Consumidor), que fechou em 3,83% nos últimos 12 meses. O valor foi recusado novamente pela grande maioria dos metalúrgicos que encheram o auditório do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Brusque presentes na assembleia deste domingo.
Diante desse quadro, os trabalhadores e trabalhadoras, desta vez, aprovaram por unanimidade o Estado de Greve da categoria. De acordo com a Lei, o estado de greve significa que, após o sindicato patronal receber a notificação do sindicato dos trabalhadores, terá até 24 horas para responder ou fazer uma nova contraproposta. Caso não haja resposta, os trabalhadores poderão deflagrar uma paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Brusque, Eduardo de Souza, as negociações referentes ao índice percentual de reajuste salarial durante a semana não evoluíram.
“Após a negativa da assembleia na semana passada, de 4,5% de reajuste, levamos o resultado ao patronal e buscamos retomar as negociações do aumento salarial. Mas nada avançou. Os empresários mantiveram a proposta no mesmo patamar. E, diante disso, sabíamos que seria difícil os trabalhadores aprovarem em uma nova votação. Levamos a questão à assembleia novamente. Como já esperado, os metalúrgicos rejeitaram a proposta e aprovaram o Estado de Greve para a categoria. Assim como manda a Lei, iremos notificar o patronal já nesta segunda e seguir todos os protocolos legais”, disse Eduardo.
A assembleia reuniu trabalhadores e trabalhadoras em Brusque, no auditório da sede administrativa e em Guabiruba, na sede recreativa do sindicato.