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terça-feira, novembro 26, 2024
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Dupla brusquense surfa a pororoca no Maranhão

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Dois brusquenses, Odirlei Dell’Agnolo (Bah) e Diogo Silva surfaram a pororoca. A aventura se deu às margens do Rio Mearim na cidade de Arari, Maranhão.

Acompanhe o programa Da Hora no link.

A reportagem exige pesquisa:

O que é a Pororoca?

Resposta do site de buscas: O termo pororoca é derivado do Tupi que designa “estrondo”, corresponde a um fenômeno natural onde acontece o encontro das águas de um rio com o oceano. O fenômeno se torna mais evidente nas mudanças de fase da lua, especialmente na lua cheia e nova.

A pororoca no Araguari (Imagem/Divulgação)

Onde e como?

O fenômeno da Pororoca que ocorre na região Amazônica, principalmente na foz do seu grandioso e mais imponente rio, o Amazonas, é formado pela elevação súbita das águas junto à foz, provocada pelo encontro das marés ou de correntes contrárias, como se estas encontrassem um obstáculo que impedisse seu percurso natural.

Pororoca descoberta no município de Amapá — Foto: Adson Lins/Arquivo Pessoal

Brusquenses na pororoca

Bah e Diogo tiveram várias experiências na expedição, desde as mais prazerosas para mundo do surfe e também momentos difíceis por conta dos improvisos no itinerário.

“É uma onda diferente e a experiência para mim, esse sonho já vivia e expectativa de 25 anos desde que vi essa onda em um programa de televisão, já era um desejo muito antigo e calhou que em uma conversa eu o Diogo fechamos o plano e fomos atrás da logística, destacou Bah.

A dupla montou um plano, mas nem tudo saiu conforme o esperado. Bah e Diogo tiveram que lidar com as dificuldades de deslocamentos e alguns imprevistos técnicos para chegada dos jetski e equipamentos na zona ribeira.

“Foi uma experiência dramática com as agências contratadas, quando chegamos lá não tinha a estrutura prometida, só tinha o rio – tivemos que empurrar os jets, encher boias, foi uma loucura”, explicou Bah.

Bah e Diogo com a equipe no bote para pegar a pororoca (Foto/divulgação: arquivo pessoal)

A partir da montagem da estrutura para pegar a pororoca, a dupla brusquense ficou na expectativa para entrar no rio para entender o movimento das marés, influenciada no seu melhor pico pela fase da Lua Cheia. Não tão simples como ondas do litoral, a pororoca exige a leitura de um ciclo e a junção de duas correntezas de água doce e salgada.

Entre jet-ski e botes-banana com incursões para adentrar na correnteza, Bah e Diogo se lançaram para o surfe da pororoca. Somente no terceiro dia, após vários “perrengues”; Diogo pegou as primeiras ondas, enquanto Bah não teve tanta sorte, em um drop quebrou a quilha na bancada de areia, e restava apena o 4 quarto dia da expedição.

“Estava na tensão de não poder errar, porque era o último dia. É uma onda só, ou você pega, ou perde”, frisou.

Surfista Diogo Silva pegando a onda da pororoca (Foto/Divulgação: Arquivo Pessoal)

Surfista Diogo Silva pegando a onda da pororoca (Foto/Divulgação: Arquivo Pessoal)

Diogo surfou a pororoca com prancha de fabricação própria, que acabou servindo na medida para o colega de jornada. Bah subiu na onda da pororoca com a prancha do amigo.  

“Ele fez a prancha perfeita e a coisa foi mágica, espetacular, foi uma descarga de emoção muito grande quando enfim surfei a pororoca”, disse.

O tempo de duração da pororoca com janela para os surfistas teve um intervalo entre 8 a 11 minutos, e o tempo de surfe na prancha em pé, em torno de um minuto, conhecida como paredão da morte.

Bah e Diogo com a equipe de expedição na margem do Rio Amazonas (Foto/Divulgação: Arquivo Pessoal)

A pororoca tem suas belezas e também seus perigos. Bah conta que era normal avistar jacarés, cobras, trechos com piranhas e galhadas no leito do rio. Um dos perigos da aventura na pororoca é ficar à deriva por conta da descida intensa e da largura do Rio Mearim.

“Fiquei 40 minutos à deriva, sozinho no meio do rio e o Diogo em um dos dias também a deriva teve que voltar a remo com outros surfistas, pois a equipe de resgate falhou”, destacou Bah.

Brusquenses durante viagem para o surfe da pororoca (Foto/Divulgação: Arquivo Pessoal)

Curiosidades

Quando acontece a pororoca no rio Amazonas?

Embora a pororoca aconteça todos os dias, o período de maior intensidade no Brasil acontece entre janeiro e maio e não é um fenômeno exclusivo do Amazonas. A pororoca acontece em vários rios, no Brasil e em outros lugares do mundo.

Dupla brusquense conheceu vários lugares durante o surf na pororoca (Foto: arquivo pessoal/divulgação)
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