A Associação de Moradores do bairro Planalto foi o case desta edição do Executa, atividade realizada pelos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE). Com o apoio da Prefeitura de Brusque e supervisão dos professores dos cursos e dos coordenadores Vivian Siffert Wildner e Marcelius Oliveira de Aguiar, os acadêmicos analisaram o terreno, detalharam os projetos e levantaram o quantitativo de materiais para a construção da área de lazer da Associação de Morados do bairro Planalto.
O resultado foi apresentado para a Associação que, além da nova planta do espaço, recebeu uma maquete conceitual do ambiente projetado pelos estudantes, a partir do estudo realizado pela Prefeitura de Brusque. José Carlos Bittencourt, presidente da Associação de Moradores do bairro Planalto, agradeceu a iniciativa. “A UNIFEBE é uma instituição que tem uma importância muito grande para a nossa comunidade. Para nós, foi um orgulho receber o apoio da universidade”, afirma José.
O Executa
Realizado anualmente pelos cursos, o Executa busca instigar os acadêmicos a aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, resolvendo problemáticas reais da profissão.
Nesta edição, os professores utilizaram a metodologia ativa Team Based Learning– Aprendizagem Baseada em Equipes (TBL), que tem como foco o trabalho em grupo, instigando o indivíduo a explorar suas habilidades individuais. Para isso, os cursos simularam um grande escritório de projetos dividido em setores como paisagismo e horta, parque ao ar livre, edificação – fundação, estrutura e acabamentos, projeto hidrossanitários e de instalações elétricas, topografia, pavimentação e drenagem e maquete física. Dentro de cada setor os alunos puderam escolher suas funções, que poderiam ser de líder, orador, desenhista, analista ou orçamentista.
O acadêmico da 6ª fase de Engenharia Civil, João Henrique de Souza, revela que a divisão de acordo com as habilidades e competências de cada um, possibilitou uma importante troca de conhecimentos. “Fomos auxiliados por colegas da 8ª e 10ª fase que nos passaram novos conceitos e por conta disso, foi um momento de muito aprendizado. Acredito que já teremos uma boa base teórica quando chegarmos nesse estágio do curso”, reconhece João.
A coordenadora de Engenharia Civil, professora Vivian Siffert Wildner, destaca que os acadêmicos tiveram a oportunidade de desenvolver o aprendizado de forma cooperativa. “Para concluir todas as etapas eles tiveram que aguardar projetos de outras equipes e precisaram compartilhar informações e decisões, entendendo a dependência dos processos em um grande escritório. Os acadêmicos se empenharam para entregar os projetos e/ou maquete ao cliente real em tão pouco tempo, e os representantes da comunidade ficaram muito satisfeitos por terem tantos alunos da UNIFEBE trabalhando para auxiliar em um projeto para a comunidade”, salienta Vivian.
Até chegar ao resultado final, os acadêmicos contaram com o apoio da Secretaria de Infraestrutura (SIE), que disponibilizou o projeto feito pelo próprio município. Os estudantes também fizeram o levantamento topográfico do espaço e utilizaram os programas AutoCad, Revit, Sketchup, Civil 3D, AltoQi Lumine e Alto Qi Eberick para desenvolver o projeto.
Segundo o professor Marcelius Oliveira de Aguiar, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo, o grande diferencial do Executa é proporcionar que os alunos aprendam o conteúdo teórico na prática e desenvolvam habilidades a partir disso. “Foi uma experiência enriquecedora para os acadêmicos, pois eles puderam ver algo que foi projetado com muito critério e fundamentação ser transformado em realidade. Cada detalhe do que foi realizado foi desenvolvido pensando em cada cidadão que usará o espaço, mostrando que a UNIFEBE é uma instituição que visa trazer benefícios contínuos para a comunidade”, orgulha-se Marcelius.
Para a acadêmica da 2ª fase de Arquitetura e Urbanismo, Milena Justi de Mello, o Executa é uma das oportunidades mais interessantes que a UNIFEBE proporciona. “Foi desafiador em muitos momentos, mas o resultado final nos fez perceber que todo esforço valeu a pena. A possibilidade de engajar com outras turmas, de nos desafiar a trabalhar em grupo e de assumir responsabilidades tão cedo foi, com toda certeza, o que mais agregou no nosso futuro como profissionais, principalmente o lidar com o outro, com opiniões diferentes, com problemas que às vezes fogem do nosso controle, e entender que tudo tem solução quando percebemos que podemos fazer muito mais quando escolhemos confiar no potencial do próximo e trabalhar em conjunto”, complementa Milena.
O material apresentado foi entregue à Associação de Moradores do bairro Planalto, que agora está viabilizando os recursos para a execução.