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segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Senai e Escola S realizaram primeiras formaturas presenciais essa semana

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Estudantes, professores e autoridades puderam participar das primeiras formaturas realizadas presencialmente pelo SENAI e Escola S. As solenidades deste início de semana ocorreram no Centro Empresarial de Brusque, com público reduzido e seguindo os protocolos estabelecidos de prevenção contra a Covid-19.

Na segunda-feira (20), aconteceu a formatura dos estudantes dos cursos técnicos de Mecânica e Eletrotécnica do SENAI e na terça-feira, 21, foi a vez estudantes do Ensino Médio da Escola S colarem grau. A programação ainda contou com outra formatura na noite de ontem, 22, dos estudantes de duas turmas do Ensino Fundamental, também da Escola S.

O primeiro evento da semana contou com a participação do vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, Edemar Fischer.  Em seu discurso, ele enfatizou o papel na educação em um cenário industrial cada vez mais tecnológico. “Todos os profissionais que atuam no SENAI preparam,  da melhor forma possível, nossos alunos para o mercado de trabalho”, descreveu. Na avaliação dele, “o trabalho feito na instituição permite qualificar os estudantes para se tornarem trabalhadores ágeis, comprometidos e atualizados, quando se pensa na indústria do futuro”.

Para Fischer, formação de jovens talentos também remete à própria trajetória profissional dele e dos irmãos. “Nossa vida foi aprendendo com o SENAI”, lembra o empresário, em referência ao começo da Irmãos Fischer. “Estes alunos que estão se formando são verdadeiros talentos. É difícil, hoje, a questão da mão de obra especializada. As empresas precisam dessa mão de obra. Brusque é um celeiro de empresas e precisamos de qualificação”

A percepção é reforçada pelo também empresário Taciano Peterman. Ele lembrou do desafio gerado pela demanda por atualização constante, reforçando a busca por melhorias não só na tecnologia, mas no desenvolvimento dos trabalhadores. “As pessoas querem fazer a diferença por si mesmos, nas suas próprias vidas. Muitos dos trabalhadores tem o entendimento que para crescer na vida, na vida profissional, eles precisam também se atualizar, conhecer mais e lidar melhor com as novas tecnologias”.

ETAPA CONCLUÍDA

Natural da região do Meio Oeste, Bianca Medeiros de Camargo, 20 anos, mora em Brusque há oito anos e foi a oradora durante a formatura dos cursos técnicos. A avó trabalhava na limpeza da Zen S/A e comentou com a neta sobre o edital aberto ainda para os cursos de aprendizagem. Mais tarde ela também começou a trabalhar na empresa de metalurgia.

“Na aprendizagem comecei a gostar muito e vi que era isso que eu queria, aí senti o interesse em fazer o curso técnico. É algo que eu adoro mesmo, para mim é tudo. Quando fiz 18 anos, meu foco sempre foi metalúrgica”, relata. Ela vê com naturalidade a escolha que poderia ser pouco usual até poucos anos atrás. “Quando entro no SENAI para fazer alguma outra coisa, eles sempre me perguntam se eu curso Moda, aí digo, ‘não, não é Técnico em Mecânica’ e explico toda a situação”, comenta.

Solange Sapeli acompanhou a formatura do filho, Luís Fernando, de 20 anos, como Técnico em Eletrotécnica. Para ela, os cursos pelo Senai são portas de entrada importantes para o mercado de trabalho. Só no caso do filho, antes da capacitação concluída este ano, ele já havia se dedicado a outros dois cursos da instituição.

Segundo Solange, assim como ele e Bianca, muitos jovens descobrem no Senai uma possibilidade de unir gostos pessoais e uma possibilidade profissional. “Ele já havia feito o curso de aprendizagem e se apaixonou ali, aí ele resolveu fazer o Técnico para se aprimorar mais. Estarmos aqui é uma vitória”.

SUPERAÇÃO E ENSINO

O gerente executivo da FIESC no Vale do Itajaí Mirim, Roberto Zen, destacou a oferta de 18 grupos de cursos técnicos ao longo do ano. A tendência é que mais seis sejam ofertados no próximo semestre. De acordo com ele, a  preservação da qualidade do ensino foi exigiu adaptações de todos envolvidos com o ano letivo.  Reconheceu o empenho de estudantes, educadores e famílias para superar o que classificou como “momentos extremamente delicados”.

“Um bom aluno, amparado por uma família que entende educação como primordial é a nossa energia, energia para os professores, é a energia para investimentos”, comenta. Para ele, o cenário de dificuldades demonstra a força de quem acompanhou o processo de superação.

Sentimento semelhante esteve presente entre quem acompanhou a formatura da turma do Ensino Médio da Escola S.  “Hoje, para nós é uma felicidade imensa poder compartilhar este momento com os alunos. Não foi nenhum pouco fácil o ano passado, este início de ano”,  comenta a professora de Matemática, Fabiane Alves da Silveira. “Até estávamos com medo de não ter este momento com eles, da formatura”.

Para o estudante Ramon Pereira Gomes, o comunicado que seria possível realizar a formatura foi uma das melhores notícias possíveis. Na opinião dele, a impossibilidade de trabalhos em grupo e de confraternização entre os colegas foram prejuízos gerados pelo período pandêmico.

“Todo mundo espera chegar no Terceirão e ter a formatura, que é um dia que somos prestigiados por pais, professores e todo mundo, então fico muito contente que conseguimos realizar a formatura”, descreve.

Se a mudança tirou os estudantes do convívio em sala de aula, também serviu para aproximar as famílias das rotinas. Flávio e Anilori e Jeske, pais de Guilherme, classificaram como um ano letivo diferente. A família de Guabiruba se disse honrada com a possibilidade de acompanhar  a colação de grau e  ter acompanhado o desenvolvimento do filho ao longo do ano.

“Por um lado foi bom por estarmos mais perto, participou mais, acompanhava os horários que ele estava no computador e ele conversava mais sobre o que estava aprendendo. Foi diferente”, destaca ela.

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