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domingo, novembro 24, 2024
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Brusque oferta teste rápido de hepatites em toda a Rede Básica para marcar o Julho Amarelo

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Doença silenciosa, que atinge a cerca de um por cento da população brasileira, a hepatite é o foco do próximo mês na área da saúde. O Julho Amarelo tem o objetivo de chamar a atenção da comunidade para a necessidade de se fazer o teste rápido de diagnóstico como prevenção e assim evitar as consequências mais sérias da patologia, a cirrose e o câncer no fígado, que podem levar o paciente à morte.

Em Brusque, o Julho Amarelo terá a oferta do teste rápido durante todo o mês nas Unidades Básicas de Saúde e em 28 de Julho, Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, das 08 às 17 horas, a testagem será feita na Praça Barão de Schneeburg.

As hepatites são um conjunto de doenças causadas por um vírus que ataca o fígado, que podem deixar o paciente ictérico (com aparência amarelada), com enjoo, vômito, dor de barriga. Também podem se tornar crônicas, e aí o paciente não sente nada, muitas vezes nem sabe que tem o problema. E com o tempo, podem evoluir para sérias complicações como a cirrose e o câncer no fígado. Por isso, a luta para erradicar as hepatites como forma de diminuir os casos de cirrose e de câncer de fígado na população.

Existem alguns tipos de hepatites, e as mais comuns no Brasil são a B e C. A hepatite B não tem cura, mas tem tratamento – que diminui os riscos de cirrose e de câncer de fígado. E a hepatite C tem cura. Então, quem descobre que tem a hepatite C, é um paciente que a equipe de saúde consegue tratar e curar. Há, inclusive, entre os especialistas da área, a meta de, em alguns anos, ser eliminada a hepatite C. “Se todo mundo estiver tratado, não haverá mais transmissão e se eliminará a patologia”, prevê a médica gastroenterologista da Secretaria de Saúde de Brusque, Josiane Fischer. A profissional revela que, em Brusque, a maior incidência de casos é de hepatite tipo B.

Segundo a especialista, como as hepatites, na grande maioria dos casos, vão manifestar sintomas apenas em estágios já avançados da infecção, é essencial que a população procure o serviço público de saúde e solicite o teste de detecção. “Isto porque a avaliação é específica, não está inclusa em um hemograma normal, por exemplo”, explica. E não é preciso nem prescrição médica. “Na própria UBS, com a equipe de enfermagem, é possível fazer o teste rápido. E caso o resultado seja positivo para hepatites, a pessoa já é encaminhada para tratamento especializado”, acrescenta a médica Josiane Fischer.

Transmissão

As hepatites são doenças classificadas como Sexualmente Transmissíveis pelo sangue de uma pessoa contaminada para outra.

As principais formas de transmissão da hepatite B são:
Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada;
Da mãe infectada para o filho, durante a gestação e o parto;
Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam);
Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança;
Por contato próximo de pessoa a pessoa (presumivelmente por cortes, feridas e soluções de continuidade);
Transfusão de sangue (mais relacionadas ao período anterior a 1993).

De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus da hepatite B pode sobreviver por períodos prolongados fora do corpo e tem maior potencial de infecção que os vírus da hepatite C (HCV) e da imunodeficiência humana (HIV), em indivíduos suscetíveis.

Já a hepatite C é transmitida pelas seguintes vias:
Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos);
Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
Reutilização de material para realização de tatuagem;
Procedimentos invasivos (ex.: hemodiálise, cirurgias, transfusão) sem os devidos cuidados de biossegurança;
Uso de sangue e seus derivados contaminados;
Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
Transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).

E a hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada, ressalta o Ministério da Saúde.

Prevenção e Tratamento da Hepatite B

A vacinação é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura. A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização.

Atualmente, a vacina para hepatite B está prevista no calendário de vacinação infantil. Além disso, o SUS disponibiliza a vacina nas unidades básicas de saúde para todas as pessoas, independentemente da idade. Caso você não seja vacinado ou não tenha feito as três doses da vacina, procure a UBS mais perto de você.

Além da vacina, outros cuidados ajudam na prevenção da infecção pelo HBV, como usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal – tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.

A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão da mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.

Para quem é diagnosticado com a doença, que ainda não tem cura, o tratamento é feito com um medicamento ao dia, de forma contínua.

Prevenção e Tratamento da Hepatite C

Já a hepatite C não tem vacina, mas é curável com tratamento medicamentoso. Um comprimido ao dia por três meses. Para evitar a infecção, é importante:

Não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente etc.);
Usar preservativo nas relações sexuais;
Não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas;

Toda mulher grávida precisa fazer, no pré-natal, os exames para detectar as hepatites B e C, o HIV e a sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.

Alguns cuidados também devem ser observados nos casos em que se sabe que o indivíduo tem infecção ativa pelo HCV, para minimizar as chances de transmissão para outras pessoas. As pessoas com infecção devem: ter seus contatos sexuais e domiciliares e parentes de primeiro grau testados para hepatite C; não compartilhar instrumentos perfurocortantes e objetos de higiene pessoal ou outros itens que possam conter sangue; cobrir feridas e cortes abertos na pele; limpar respingos de sangue com solução clorada; não doar sangue ou esperma.

Pessoas com hepatite C podem participar de todas as atividades, incluindo esportes de contato. Também podem compartilhar alimentos e beijar outras pessoas.

Saiba Mais

A vacina é a melhor forma de evitar a hepatite B. Quem nasceu a partir de 1992, já está vacinado contra a hepatite B. Quem nasceu antes, precisa verificar sua carteira de vacina. Caso não tenha recebido, pode buscar a imunização na UBS mais próxima de casa. A vacina é administrada em três doses e é necessário que todas tenham sido recebidas para que o imunizante tenha o efeito desejado no organismo.

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