Está encerrada a negociação coletiva do setor de construção civil e mobiliário de Brusque e região. Uma reunião na manhã desta terça-feira, 27, bateu o martelo e os novos valores salariais passam a vigorar a partir de maio, caindo nas folhas de pagamento em junho. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (SINTRICOMB), reunindo membros da entidade e do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento (SINDUSCON).
A negociação definiu reajuste de 9% em todos os pisos salariais da categoria. A decisão segue a linha adotada pelas entidades de focar no aumento dos pisos, considerando que este é o valor usado para concessão e benefícios junto ao Instituo Nacional de Seguridade Social (INSS) em caso de o trabalhador precisar. Além disso, ficou definido que os trabalhadores que ganham acima dos pisos terão reajuste equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) com fechamento em abril. Hoje, o percentual mais recente é o de março, que fechou em 6,93%.
Para o presidente do SINDUSCON, Fernando José de Oliveira, a classe empresarial buscou conceder reajuste que fosse possível dentro da situação que vive atualmente o mercado. “Lógico, dentro de um período de pandemia, de uma situação difícil para todas as empresas, até em função do aumento de insumos e tudo mais, entendemos que estamos dando o que é possível. Pode ser que seja pouco, mas é o que conseguimos em função das dificuldades”, pontua ele.
O empresário Alexandre Moresco, que também é diretor do SINDUSCON, disse que a negociação foi feita sob muita cautela, mas que conseguiu-se avançar de forma significativa no acordo com o sindicato laboral. Ele destaca que as duas entidades têm largado na frente quanto a fechar a negociação.
“Isso foi positivo nessa nossa negociação. Nossa cidade tem sempre dado um passo à frente, geralmente o SINDUSCON e o SINTRIOCMB são os primeiros do estado a finalizar a negociação por causa disso. Pensamos em uma condição em comum, em um resultado que vai bem para ambos os lados”, frisou ele.
A negociação mexeu apenas no item referente ao salário, com o reajuste. Nas demais cláusulas da Convenção Coletiva não houve alteração. O que mostra que a CCT já é adequada à condição o setor, afirma o presidente do SINTRICOMB, Izaias Otaviano.
“Sabemos que em todas as negociações, é possível avançar um pouco mais, mas temos que entender o momento delicado. Entender que estamos passando por uma pandemia e não sabemos o que vai acontecer no futuro. Acredito que foi uma boa negociação, com ganho real acima do piso e que podemos chegar a ter dois por cento de ganho real”, destaca ele.
A CCT passa a valer a partir de 1º de maio, com os novos valores salariais chegando à folha de pagamento dos empregados em junho.
Participaram do encontro o presidente do Sintricomb, Izaias Otaviano; a secretária-geral da entidade, Patricia Cestari; a assessora jurídica, Fabricia Meirelles Ogliari, além do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário (SINDUSCON), Fernando José de Oliveira e os diretores da entidade empresarial Alexandre Moresco e Ralf Maschio e Silva.
Os novos valores salariais ficaram assim definidos:
MESTRES DE OBRAS R$ 2.369,00 R$ 10,77 por hora
PROFISSIONAL R$ 1.991,00 R$ 9,05 por hora
MEIO OFICIAL R$ 1.718,00 R$ 7,81 por hora
SERVENTE R$ 1.600,00 R$ 7,28 por hora
SUBSÍDIO CONJUGE R$ 95,00
PRÊMIO FREQUÊNCIA R$ 53,00