A secretária de Saúde está monitorando o surgimento de dois casos de variantes do coronavírus em Brusque. As notificações são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE) após os laudos do Laboratório Central (LACEN) em exames do tipo PCR detectar uma ocorrência da P1 (também conhecida como variante de Manaus) e da P2 (um tipo menos severo da mutação). Os pacientes estão sendo monitorados e passam bem.
Segundo o médico infectologista da rede municipal de saúde, Ricardo Alexandre Freitas, as ocorrências não fogem a tendência de Santa Catarina e do Brasil, já que P1 está circulando de forma pandêmica em todo o território nacional.
“É possível dizer que a terceira grande onda dos casos da COVID-19, que causaram o colapso em hospitais, principalmente nos leitos de UTI, foi causada por esta variante, principalmente a de Manaus. O LACEN já comprovou esse episódio e estamos monitorando a situação em Brusque”, comenta o médico.
As vacinas, tanto a de Oxford como a Coronavac têm demonstrado eficácia na prevenção. “Por enquanto não há muito o que se fazer de diferente no enfrentamento da doença. Continuamos reforçando a população que continue se cuidando, usando máscara, distanciamento social, álcool em gel e todas as medidas já amplamente divulgadas e que já são de conhecimento”, explica Freitas.
Detecção somente com exame PCR do LACEN
A prefeitura de Brusque vem adotando a testagem do coronavírus a partir de exames do tipo antígeno no Centro de Triagem para Sintomáticos Respiratórios. Outro exame em uso, o chamado teste rápido, também é aplicado em pacientes assintomáticos. Em nenhuma destas testagens é possível diagnosticar as variantes. Somente exames do tipo PCR, com estudo genético, feitos pelo LACEN é possível diagnosticar com precisão essas variantes.