A partir de 2021 o Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux – Hospital Azambuja terá sua UTI Neonatal. A previsão é que a partir do mês de julho a estrutura possa estar disponível com 10 leitos, atendendo bebês que nascerem de forma prematura.
A UTI Neonatal será realizada através da confirmação do repasse de R$ 2,7 milhões do Estado, por meio da emenda parlamentar do ex-deputado estadual e médico Serafim Venzon, em seu último ano de mandato. O valor será empregado na compra de equipamentos para viabilizar a estrutura da UTI. “A UI Neonatal é um serviço muito importante que vamos ter para oferecer à comunidade brusquense. É uma necessidade antiga do hospital, já que os nascidos aqui de forma prematura sempre precisam ser transferidos para outros locais, às vezes em cidades muito distantes. E com esta UTI aqui implantada, eles poderão ficar mais próximos de seus familiares, sem necessidade de deslocamento, dando mais segurança aos pais. Da mesma forma, como o Estado possui uma deficiência muito grande de leitos de UTI Neonatal, pacientes de outras cidades que precisarem de leitos também poderão ser transferidos para a UTI do Azambuja quando houver a necessidade e vagas disponíveis”, ressalta o diretor administrativo do Hospital Azambuja, padre Nélio Roberto Schwanke.
De acordo com ele o nome para a UTI Neonatal do Hospital Azambuja também já foi escolhido: será Maria Ogliari Venzon, uma homenagem a saudosa mãe do ex-deputado, como forma de agradecimento pelos esforços feitos por ele em prol dos recursos para o espaço. “O nosso muito obrigado valoroso a ele, que irá suprir uma importante necessidade de serviços à população de Brusque e região”, completa Pe. Nélio.
Espaço e previsão
A UTI Neonatal estará localizada ao lado da UTI Geral (adulta) do hospital. O espaço terá 840m². “Estamos com os projetos em fase de finalização, para serem encaminhados à Vigilância Sanitária para aprovação, o que deve levar cerca de 2 meses para aprovação e liberação do alvará de construção. Então, acreditamos que possamos ter ela em funcionamento a partir de meados de julho”, comenta o vice-diretor administrativo do Hospital Azambuja, Gilberto Bastiani.
O planejamento do hospital também é a construção de uma torre de alta complexidade, com cinco andares, com UTI geral, UTI Neonatal, cinco salas de Centro Cirúrgico e o último andar com uma ala de 30 leitos privativos. “O projeto da torre será feito a curto prazo e será conforme a aquisição dos equipamentos necessários, adquiridos por meio de emendas parlamentares e recursos próprios”, acrescenta Bastiani.
Outro destaque feito pelo vice-diretor administrativo é em relação a qualidade dos equipamentos da UTI Neonatal que estão sendo adquiridos, o que irá tornar a UTI Neonatal do Hospital Azambuja uma referência para o Estado. “Com esses equipamentos podemos dizer que será a UTI Neonatal melhor equipada do Estado. Serão itens como respiradores, monitores, incubadoras, ultrassom e raio-x portáteis, entre outros, todos de alta tecnologia para atender da melhor forma os recém-nascidos”, completa.
Além disso, o Hospital fará a contratação de novos profissionais especializados para atuação no novo espaço, como pediatras intensivistas, além de técnicos de enfermagem, enfermeiros, entre outros. A previsão é da contratação de cerca de 35 profissionais.
“O objetivo do Hospital Azambuja é trabalhar para trazer novos serviços em saúde e fazer com que as pessoas possam ser atendidas aqui na cidade. Temos dificuldades em especial na alta complexidade, quando os pacientes do SUS precisam de algum procedimento mais avançado e é necessária a transferência a outras localidades. Por isso, sempre queremos criar novos serviços e a UTI Neonatal foi mais um importante passo. Também estamos com projetos de serviços novos, como as cirurgias oncológicas, onde estamos em negociação com o Estado. Da mesma forma que a Hemodinânica, que tem previsão de entrar em funcionamento a partir de março. O Hospital tem uma capacidade técnica bem qualificada, em termos de profissionais, equipamentos e estrutura, para cada vez mais podermos atender melhor a população por aqui”, complementa o vice-diretor.
Alta complexidade
Em 2020, o Hospital Azambuja registrou 1.866 nascimentos, sendo 112 prematuros e 114 partos de alto risco.
De acordo com o vice-diretor, com a UTI Neonatal o hospital também terá a implantação da Rede Cegonha. “Ou seja, com isso começamos também a receber as gestantes de alto risco que atualmente, quando chegam ao hospital, são transferidas para outros locais. Então, teremos leitos para essas gestantes, da mesma forma que teremos a Casa da Gestante, que integra a Rede Cegonha. Já temos a estrutura pronta e só precisamos formalizar com o Estado”, esclarece Bastiani.
“Agradecemos muito também a todos os empresários que contribuíram com doações, que permitiram com que fizéssemos o Centro de Parto Normal (CPN), que foi remodelado, com uma estrutura nova e também faz parte da Rede Cegonha. O nosso muito obrigada a todos”, complementa Pe. Nélio.