O número de atendimentos no Centro de Triagem para Sintomáticos Respiratórios de Brusque, que atende prioritariamente pacientes com suspeita de Covid-19, voltou a subir nas últimas semanas. O pico maior de atendimento foi registrado entre 30 de novembro e 6 de dezembro, quando foram atendidos 2.418 pacientes. Esse número chegou a 962 entre 21 e 27 de dezembro e subiu para 1.145 de 28 de dezembro até 3 de janeiro.
Para o secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza, os números baixaram na semana das festas de fim de ano, pois uma parte da população brusquense saiu da cidade.
“As pessoas foram para o litoral ou mesmo na casa de parentes em outros locais. Depois, já na primeira semana, o número de atendimentos no Centro de Triagem voltou a ter um incremento. Isso mostra que a tendência é de crescimento, pois as pessoas estão voltando das férias, do recesso de final de ano e assumindo suas funções novamente na cidade”, avalia.
Souza destaca que no período de festas houve mais aglomeração, descuido dos cuidados do distanciamento social e negligência do uso da máscara e higiene das mãos. Fatores que resultam no aumento de casos da doença.
“A expectativa, não só nossa, mas dos infectologistas do país inteiro, é que haja aumento do número de internações, o que nos preocupa bastante, porque nós temos, realmente, dificuldades em conseguir leitos, não só leitos normais, mas de UTI também”, frisa.
Prioridade de gestão
De acordo com o secretário, o foco da gestão nesse primeiro momento é a pandemia. Na sequência, outras ações, como o programa para zerar as cirurgias eletivas e as consultas de especialidade.
“Estamos formando o nosso comitê gestor para programar a vacinação e pensando em várias alternativas. Uma delas, é utilizar o formato drive-thru, a outra é termos um aplicativo ou uma comunicação rápida via whatsapp, para que as pessoas possam agendar o horário de vacina, para otimizar o atendimento”, destaca Souza.
Outro ponto que será avaliado com relação à vacina são os grupos prioritários. “Precisamos avaliar quem serão as primeiras pessoas a receber a vacina, se são os idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas, pessoas que tomam outro tipo de medicamento. Enfim, nós vamos tentar otimizar ao máximo a aplicação dessa vacina, para que em tempo recorde nós possamos imunizar toda a nossa população”, conclui.