Técnicos da
Secretaria de Estado da Saúde estiveram na Federação das Indústrias (FIESC)
nesta sexta-feira (7) para dar início a um trabalho conjunto que conduza o
estado à redução da gravidade da pandemia causada pelo coronavírus. Soluções
desenvolvidas pelo SESI, como o CoronaDados, podem contribuir para
blindar a população contra a Covid-19. O encontro é um desdobramento da reunião
realizada nesta quinta (6) entre o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar,
e o secretário da pasta, André Motta Ribeiro.
O CoronaDados é um software de monitoramento gratuito
criado pelo SESI e que ajuda a identificar casos sintomáticos, para acelerar as
ações de segurança. “Há uma série de medidas, de conhecimento adquirido, e
queremos atingir a bandeira azul, de preferência, sem o lockdown. Temos
condições de contribuir com o governo com as soluções que já desenvolvemos para
o setor produtivo e que podem ser replicadas para a população. Temos que ter
intervenções precisas”, frisou o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio
Machado Pereira. Atualmente, mais de 400 empresas utilizam a ferramenta que
reúne dados de saúde de mais de 35 mil pessoas.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Raquel Ribeiro Bittencourt, ressaltou
a gravidade da situação. “Estamos num momento pandêmico, ainda em ascensão, com
muitos óbitos, mas temos que pensar no cenário pós-pandemia. Ficaremos com o
vírus circulando e temos que estar preparados. A nossa meta é a bandeira azul
da nossa matriz de risco. O normal será quando estivermos trabalhando com
surtos do coronavírus, e não mais esse momento pandêmico”, acrescentou. A
equipe da secretaria já atua na revisão das normativas para as atividades
econômicas, levando em consideração a matriz de risco ampliada.
Raquel defendeu o uso de tecnologias que auxiliem o monitoramento da saúde da
população, como a solução oferecida pela FIESC. “É uma estratégia mais tangível
e, aliada à ampliação da testagem, pode ampliar a efetividade do controle da
pandemia”, avalia. “Só sairemos dessa situação se multiplicarmos bons hábitos e
campanhas promovidas no ambiente de trabalho podem contribuir para isso”,
acrescentou.
A médica do trabalho do SESI, Patricia Figueiredo, alertou no encontro que uma
das causas de agravamento da pandemia é a busca tardia por atendimento. “Não
podemos ignorar sintomas relacionados às síndromes gripais, pois deixamos de
obter atenção primária para exigir atendimento de alta complexidade”, disse.
O grupo de trabalho se reúne novamente na próxima semana com participação das
entidades que integram o Conselho das Federações Empresariais (COFEM) e da
Associação Catarinense de Medicina.
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