Governo do Brasil anunciou que o reajuste anual de todos os remédios será adiado por dois meses. O motivo é a crise provocada pela pandemia do coronavírus.
De acordo com a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, o aumento seria cerca de 4% e passaria a vigorar neste mês de abril. A decisão consta da Medida Provisória 933 de 2020.
“Em comum acordo com a indústria farmacêutica, conversamos também entre os
ministros. O aumento que é previsto por lei para os remédios fica suspenso por
60 dias. Daqui a 60 dias será reavaliado novamente”, explica
o Ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto.
O Governo
cogitou suspender o aumento para medicamentos usados em pacientes com a
Covid-19, mas foi estendido a todos os remédios.
A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), apoia a
decisão, que considera pertinente diante da crise que o Brasil enfrenta.
“Fizemos manifestações para o Ministério da Economia, Ministério da Saúde, Casa Civil e acreditamos que é um momento de solidariedade e de apoio à população. É um momento difícil para os fornecedores, principalmente pela variação do câmbio, mas a Abrafarma apoia integralmente esse adiamento”, afirma o CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.
No Brasil, o preço de diversos medicamentos é tabelado. Há diferença de valor para compras públicas e do setor privado. Mas, muitos remédios isentos de prescrição, ou seja, que não exigem receita médica, têm os preços liberados dessa regulação.