Na noite de segunda-feira, 9 de março, a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) recebeu, em sua reunião de diretoria, o juiz titular da Vara Criminal de Brusque, Dr. Edemar Leopoldo Schlösser.
Durante o encontro, os diretores da ACIBr e demais presentes ressaltaram o excelente trabalho que há 17 anos vem sendo desenvolvido pelo juiz, não somente na celeridade dos processos criminais, mas também nas parcerias e projetos de grande relevância para a comunidade de Brusque e região. Desta forma, foi feita a solicitação para que o juiz possa optar em permanecer no cargo por mais tempo, antes de solicitar sua aposentadoria.
Além dos diretores da entidade, a reunião contou com a presença do delegado Regional de Polícia Civil, Dr. Fernando de Faveri; do comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho; do vice-prefeito de Brusque, José Ari Vequi; do prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi; além do prefeito em exercício de Guabiruba, Valmir Zirke, e do prefeito Matias Kohler, afastado das atividades em virtude do período de férias.
Eficiência e eficácia
Ao longo da reunião, foram apresentados alguns dados em relação ao andamento dos processos criminais que tramitam sob análise do magistrado. De acordo com informações repassadas pelo delegado Regional, em 2018 Dr. Edemar proferiu 6.287 decisões. Além disso, o magistrado tem a maior produtividade do Estado, de acordo com a divulgação do próprio Tribunal de Justiça de Santa Catarina. “Em média, a Justiça Estadual leva quatro anos e quatro meses para julgar um processo de uma instância, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça. Em Brusque, nos casos graves, a média da Vara Criminal é de seis meses. Ou seja: apenas um juiz criminal dá conta dos processos de forma muito mais rápida em comparação com o Brasil, o que mostra o comprometimento e o bom trabalho desenvolvido por Dr. Edemar”, pontuou Dr. Fernando de Faveri.
Da mesma forma, o comandante do 18º Batalhão PM também apresentou um balanço da Segurança Pública, de 2017 a 2019, que mostrou queda no número de ocorrências registradas, bem como os índices de crimes cometidos na região, como roubos, furtos e homicídios. “Sem dúvida o Dr. Edemar é uma peça fundamental nessa ‘engrenagem’, pelo trabalho sério que realiza, onde os números só demonstram a melhoria na qualidade de vida e nos índices de segurança da nossa cidade e região”, completou o tenente-coronel Otávio.
Os representantes do poder Executivo de Brusque, Guabiruba e Botuverá também teceram elogios em relação ao bom desempenho do magistrado, que atua desde 2002 em Brusque.
União
A presidente da ACIBr, Rita Cassia Conti, falou sobre a satisfação da entidade em contar com a presença do magistrado na reunião. “Todos solicitaram que ele possa ficar um pouco mais no cargo que exerce hoje, que faz a diferença. Dr. Edemar não é apenas um exemplo de eficiência e pontualidade, mas também um homem de ética, de comprometimento, o que vem de encontro aos valores do associativismo, sendo assim, uma figura muito importante para a nossa sociedade. Sem dúvida vamos respeitar muito as suas escolhas, mas caso ele possa permanecer, todos ficarão muito gratos em reconhecimento ao trabalho desenvolvido por ele, e aos números e dados apresentados, em especial quanto à segurança pública”, destacou.
Além disso, a presidente da ACIBr enalteceu a união das entidades públicas e privadas representadas na oportunidade, em prol de um mesmo pedido. “Mais uma vez a ACIBr fortaleceu as relações com diversas entidades e vimos o quanto essa união é importante, em falarmos uma mesma linguagem, em valorizar o setor Jurídico, as polícias Civil e Militar, em termos um mesmo alinhamento em nossa segurança. Sempre vamos solicitar mais efetivo, e melhores condições”, complementou Rita.
Ao final da reunião, foi estendido o convite para que Dr. Edemar Leopoldo Schlösser possa participar da solenidade dos 86 anos de fundação da ACIBr, no mês de outubro, onde ele será homenageado pela entidade.
Processo
Para o convidado, poder participar do encontro com tantos representantes da sociedade civil foi uma grande oportunidade, o que demonstra os interesses em comum de várias esferas e que reflete nos bons índices de segurança que a cidade possui em nível nacional. “Isso nos deixa bastante satisfeitos, pois é uma prova do trabalho bem feito. Há 17 anos atuo na Vara Criminal e creio que isso também auxilia na celeridade dos processos, para o julgamento dos mesmos, em especial os que envolvem réus presos. À medida que a Justiça é ágil, célere, e acaba julgando os processos, as pessoas mal intencionadas também refletem que, ao cometerem crimes, terão uma sanção penal. E isto faz com que muitas pessoas, pelo receio de serem presas, condenadas e cumprirem a pena, não pratiquem crimes aqui. Fiquei muito feliz em participar desta reunião, onde o trabalho do Judiciário foi enaltecido, e principalmente o trabalho que tenho feito à frente da Vara Criminal nesses últimos anos”, destacou.
Em relação ao pedido para a continuidade no cargo, o juiz declarou sua intenção de solicitar o pedido de aposentaria, por fatores profissionais e pessoais. “Estou na ativa, pretendo ficar por alguns meses, mas estou pensando em me aposentar, não só por uma questão de saúde, mas também de desgaste profissional, já que hoje temos 7.700 processos tramitando na Vara Criminal, o que exige muita dedicação e trabalho. Além disso, já estou desde 1993 na magistratura, então tenho cerca de seis anos excedentes da aposentadoria”, pontuou.
Segundo o magistrado, neste caso, para se aposentar é necessário entrar com um requerimento ao Tribunal de Justiça, o que precisa ser aprovado em reunião com a deliberação dos desembargadores. A aposentadoria é homologada após a publicação da mesma, quando o juiz automaticamente deixa a atividade. Após esse processo, é feita a abertura de vaga, a publicação de um edital, e a habilitação para a contratação de um novo juiz que tenha interesse no cargo, o que também é escolhido pelo Tribunal.