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Projeto de Lei para o Maluche coloca em debate expansão comercial

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Moradores do bairro Jardim Maluche acompanham a elaboração um Projeto de Lei que prevê a expansão de área comercial e de serviços no bairro, conhecido por ter um conjunto de planos diretores – um de 1983, que estabeleceu área estritamente residencial, e outro de 1995, que instituiu o Plano Diretor, para áreas verdes e zonas comerciais.

Paralelo ao corpo do projeto, os moradores demostraram uma inquietação, por conta de serviços da Celesc em fase de execução num dos principais acessos ao bairro.

Na noite de segunda-feira, 11, na reunião da AMASC (associação de moradores), o vereador e relator do projeto, Marcos Deichmann, apresentou o esboço da matéria que está em tramitação nas comissões da casa legislativa.

Reunião da Amasc na na Capela Nossa Senhora de Fátima.
Reunião da Amasc na na Capela Nossa Senhora de Fátima.

A reunião, com foco no debate sobre a ampliação das zonas comerciais, ganhou um novo rumo; quando o tema trânsito entrou em debate. O morador Marlon Sassi, liderança ligada a ACIBR, citou que circulam informações pela comunidade de que a rótula da Apae seria removida – e que ocasionariam circulação de caminhões no interior do bairro. A preocupação maior seria pela presença de tráfego pesado nas imediações de colégios e de instituições de ensino.

“O que precisamos é de esclarecimento sobre o que está acontecendo. As pessoas estão muito curiosas e a pior coisa é o achismo – duvido que isso aconteça, mas temos que conversar a respeito”, explicou Sassi.

Acompanhe as entrevistas no link.

Moradores do bairro Jardim Maluche comentam sobre projeto em tramitação na Câmara.

Sobre o projeto de lei em debate na reunião, o texto da matéria apresenta a seguinte redação:

“A proposta em questão altera a Lei nº 2.042/1995, adicionando à Zona 3 do território do bairro a rua Jacó Bauer e um trecho da rua Victor Ademar Gevaerd. Com a mudança, as áreas passam a integrar a zona que permite, além do uso residencial, atividades de comunicação, de comércio varejista e de prestação de serviços”.

“Cada um tem seu patrimônio e precisa ser preservado, pois em caso de desvalorização (por conta de um comércio no lado) que vai arcar com o prejuízo? Tem que ser muito bem discutida essa questão”, comentou o morador Juarez Graczcki.

Uma das sugestões apresentadas foi um a elaboração de pesquisas de cunho universitário para projetar o impacto das possíveis mudanças no Plano Diretor do bairro.

“Se for ampliar a área restante nós vamos deixar de ser um bairro residencial”, frisou Oscar Maluche.

O morador Juarez Piva também comentou sobre o tema relacionado ao trânsito.

“A gente vem sentindo há algum tempo, com a possibilidade de transformar a Francisco Sassi numa Beira Rio – só que na época houve uma oposição muito grande de todo o bairro, pois sabemos que tem um determinado custo”, comentou.

O vereador-relator do projeto, Marcos Deichmann, enfatizou a realização da audiência pública e da reunião na Capela Nossa Senhora de Fátima, que reforçou o tema com as lideranças do bairro.

“Agora é questão de buscar informação do Executivo, quais são as intenções, se é só questão comercial ou se vai se abrir uma via de trânsito de caminhões – daí já não concordo também”, comentou Deichmann.    

Entrevista com o vereador Marcos Deichmann sobre o projeto para o bairro Maluche.

Vereador Marcos Deichmann apresenta projeto aos moradores do Maluche (Foto: Assessoria de Imprensa/Câmara)
Vereador Marcos Deichmann apresenta projeto aos moradores do Maluche (Foto: Assessoria de Imprensa/Câmara).

Resposta: A reportagem fez contato com o diretor da Setram – Secretaria de Trânsito e Mobilidade, Renato Bianchi, que em contato prévio disse desconhecer de planejamentos para uma possível retirada da rótula da Apae.

Sobre a troca de postes, Renato informou que a troca dos equipamentos é em função de um estreitamento maior da fiação – evitando que fiquem na altura da passagem de caminhões no cruzamento. Na semana passada houve três rompimentos de fiação e até derrubada de postes. No entanto, no primeiro serviço houve um erro de planejamento

“Estes postem eram para ter ido até o alinhamento de muro, mas colocaram postes na linha de meio-fio (empresa terceirizada); houve a execução de serviço errado, porém nesta semana iriam arrumar, e não vai ter nenhuma alteração de trânsito”, disse.

“A respeito da rotatória (vou até passar no local), a princípio nada conversado com a respeito disso; até queriam colocar um poste no meio do cruzamento para depois fazer uma rotatória ao redor, ou uma proteção, – mas a gente não autorizou, não foi o nosso combinado, nada previsto pela secretaria de trânsito”, informou Bianchi.  

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