A luta por pontos de acessos das comunidades que ficaram isoladas dentro do projeto de duplicação da rodovia Antônio Heil será de longo prazo, a considerar pela situação financeira do Governo do Estado e o impasse pela rescisão de contrato com a empresa Triunfo, integrante do Consórcio SC-486 ao lado da Compasa – está última, por sua vez, terá a missão de concluir o projeto original.
O cenário terá novos desafios, pois o encargo da obra ganhou um anexo. Na noite desta quarta-feira, 26, na prefeitura de Brusque, foi entregue ao coronel Carlos Hassler, presidente do Deinfra, escopos do projeto elaborado pelas lideranças políticas, comunitárias e do setor empresarial, que residem e circulam nos bairros: Limoeiro, Brilhante, Campeche, Arraial do Cunha e Itaipava.
As prioridades que contemplam as demandas somam um orçamento estimado em R$ 60 milhões, para construção de quatro passarelas, dois elevados – no Campeche e no Arraial – e um retorno viário no bairro Limoeiro.
De pronto, o coronel Carlos Hassler deixou claro que não há viabilidade para contemplar tudo o que foi apresentado.
“Provavelmente vamos elencar algumas prioridades, não adianta nem sonhar, mas algumas coisas podem estar sendo mais urgentes – como o caso de uma passarela já sendo executada e talvez umas inserções para atingir bairros mais populosos”, explicou na mesa de reunião o presidente do Deinfra.
O que não for realizado neste ano, ficará para uma segunda frente de trabalho em 2020. No próximo ano, o governo terá que correr contra o tempo parar conseguir financiamentos antes do período eleitoral e sair da classe C junto ao Tesouro Nacional para novos contratos com grandes bancos. O governo tentou um financiamento de R$ 700 milhões no BNDES, mas o critério de rebaixamento e cláusulas documentais frustraram os planos do poder executivo estadual.
Outra resposta dada pelo coronel Carlos Hassler é que o governo não terá condições de neste ano tocar o trecho de interseção com a BR – 101, em função da contrapartida para desapropriações – que somam em torno de R$ 40 milhões.
“Vão retomar dentro do que está previsto, exceto o trevo com a BR-101, onde estamos trabalhando com uma situação alternativa para fazer um retorno ou contorno fora da faixa de domínio – que pertence a concessionária Litoral Sul”, explicou Hassler.
O objetivo criar um ponto de retorno e diminuir o fluxo no trevo existente, para ambos os sentidos Brusque/Itajaí. As ações paliativas e as novas adaptações deverão ter início nos próximos 60 dias.
Dentro do cronograma de melhorias, o Governo do Estado executará serviços através do programa Recuperar, com orçamentos próprios na ordem de R$ 10 milhões por mês – fruto de medias econômicas. As ações paliativas e as novas adaptações deverão ter início nos próximos 60 dias.