RA situação da rodovia Antônio Heil continua indefinida. A reunião na noite de ontem (6) no centro comunitário do bairro Limoeiro envolveu todos os setores interessados, desde as comunidades no entorno da rodovia, empresários, autoridades políticas (como: prefeitos, vereadores e deputados e outras lideranças), no entanto, não contou com um representante do Governo do Estado ou do Deinfra – Departamento de Infraestrutura.
A falta de um representante do governo estadual deixou a reunião um tanto vaga (vazia), restando apenas o debate pelos presentes.
O deputado estadual Coronel Mocelim lamentou que o projeto não contemplou as comunidades no entorno.
“Acompanho essa problemática que construíram essa rodovia, esquecendo que tinha mais de 20 moradores no meio dessa rodovia”, frisou.
Um dos problemas apontados, é a falta das alças de acesso ao longo da rodovia, sentido Itajaí. As comunidades, empresas e o comércio em geral, reclamam que ficaram isolados. Por outro lado, o governo do estado enfrenta um dilema, desde o cancelamento do contrato com a empresa responsável pela obra.
De acordo com que foi apresentado na reunião, estuda-se, duas alternativas. Uma delas seria a conclusão do projeto original – para não perder o recurso junto ao BID – Banco Internacional de Desenvolvimento. Uma segunda possibilidade estaria ligada a elaboração de um novo projeto, que contemplaria os pontos de retorno, passarelas e elevados – o que dependeria do orçamento do próprio governo e mais um demorado rito (de até dois anos) de licitações.
Sem contar o trecho ligação com a BR – 101 – que é outro ponto de futuro incerto.
“Nós precisamos que o governo do estado nos aponte um horizonte para poder concluir a obra e atender as reinvindicações da comunidade ao longo da rodovia”, destacou o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni.
O empresário Edemar Fischer lamenta que o governo não faça mais a parceria com o setor privado, através da dedução de ICMS – como ocorreu no trecho de Brusque, por meio do contrato com a empresa Irmãos Fischer.
“É uma pena que foi tirado esse tipo de incentivo, não é uma sonegação de imposto e sim uma antecipação para a própria população. As vezes parece que eles precisam dizer ‘quem é o pai da criança’ e no setor privado não tem isso, simplesmente precisa acontecer e assim nós fizemos”, comentou Edemar.
O presidente da Associação do bairro Limoeiro, Josemir Perin, disse que a comunidade está perdida em meio as informações desencontradas.
“Está uma situação muito difícil com essa obra inacabada, que se resolva com prioridade, para saber exatamente o que está acontecendo. Nós queremos primeiro o acesso aos bairros, depois a mureta que divide as pistas – é isso que estamos pleiteando”, explicou.
A reunião contou com prefeitos e vereadores dos municípios de Brusque e Itajaí, além de lideranças.