A construção da terceira subestação da Celesc no bairro São Pedro, como outras demandas historicamente cobradas nos municípios da Comarca (que inclui Guabiruba e Botuverá), foram destaques da reunião da Acibr – Associação Empresarial e Industrial de Brusque.
O encontro foi realizado nesta segunda-feira, 15, na sede da entidade.
O presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, acompanhado de diretores do primeiro escalão da companhia elétrica, foram “sabatinados” pelos empresários e também por engenheiros e representantes do CEAB – Clube de Engenharia de Brusque.
No que tange à subestação, o presidente da companhia garantiu que num primeiro momento, a nova infraestrutura irá ampliar em 25% a capacidade de fornecimento de energia e que outros 25% de reforço energético serão adicionados após o funcionamento da subestação, que incluirá projetos já definidos em torno de novas linhas de distribuição, de transmissão, alimentadores e transformadores. São 140 milhões de investimentos previstos para a macrorregião.
“Acredito que tudo vá se resolver para que a população se beneficie, esse é o propósito de estar aqui hoje”, frisou Poleto.
A construção da subestação enfrenta no meio do caminho um impasse fundiário, que está sendo tratado pela Prefeitura de Brusque. O vice-prefeito, Ari Vechi, colocou na reunião o problema relacionado a uma faixa de terra que precisa ser desapropriada, que passa embaixo da linha de transmissão, que interligará na subestação.
“O proprietário não chegou a um acordo amigável então essa ação precisará ser judicializada. Se não, teremos a subestação pronta e não poderemos ligar a lugar nenhum”, explicou Vechi.
Com o pagamento da indenização efetuado pela Celesc a ação terá condições de ser impetrada na justiça. Os tramites em torno desses passos burocráticos foram definidos no encontro.
O presidente da Acibr, Halisson Habitzreuter, frisou que a reunião atingiu os objetivos.
“Entendemos que as obras serão finalizadas e teremos esse alívio na queda de energia e na possibilidade de ativar algumas máquinas que estão paradas na região de Botuverá e aqui em Brusque e Guabiruba a possibilidade o crescimento das empresas””, destacou.
No entanto, o resultado final não foi só de conquistas e sim de cobranças que ficaram em aberto.
Engenheiros do CEAB pressionaram por uma maior autonomia local, principalmente com a unidade da Celesc em Brusque, que continua com atendimento subordinado ao núcleo do Alto Vale – com sede em Blumenau.
“Esse é um assunto de longa data, a gente verificou que a otimização está sendo implantada – na Celesc. Nós apresentamos essa questão geográfica e a proximidade com Itajaí e o crescimento direcionado – acredito que vai ser levado em consideração, mas, ainda vai ter um período de conversação. O que interessa é chegar na agÊncia de Brusque resolver o problema aqui”, comentou Halisson.
O município de Botuverá foi inserido no rol de reinvindicações, pela reclamação de empresários que colocaram a insuficiência de energia para o abastecimento industrial, que força muitas empresas a desligaram maquinários de grandes potências, para evitar a queima de dispositivos e componentes elétricos.
Conforme apresentado pelo diretor do núcleo regional, Claudio Varella, há um projeto montado e que está na lista de espera de execução. O plano é estender uma nova linha de distribuição pelo bairro Águas Negras, com investimento total de R$ 160 milhões. O reforço do cabeamento atual já foi feito em direção ao centro do município, mas, ainda sim, a demanda pelo fornecimento continua deficitária.
A reunião foi marcada por uma apresentação geral da Celesc, assumida recentemente pela equipe nomeada pelo governador Carlos Moises. Desde assuntos ligados às rígidas regulações da Annel, estruturas administrativas que foram reformuladas na companhia, planos de investimento, ações sociais, desenvolvimento de programas e até os rumos da tarifa de energia foram assuntos que passaram pela mesa de reuniões da Acibr.
