Os vereadores da Câmara de Brusque mostraram-se preocupados com a rescisão de contrato do Governo do Estado com o consórcio formado pelas empresas construtoras Triunfo-Compasa, responsáveis pelas obras de duplicação da rodovia Antônio Heil (SC-486), que faz ligação com o município de Itajaí e o trevo de acesso à BR -101.
O comunicado partiu da Secretaria do Estado da Infraestrutura – SIE, antigo Deinfra.
“O encerramento do contrato se faz necessário pois o consócio enfrenta algumas dificuldades para finalizar a obra e dessa maneira não conseguiria cumprir o prazo de entrega”, frisa o comunicado expedido pelo órgão do governo estadual.
“Nós precisamos de uma resposta urgente do que vai ser feito”, disse o líder do governo, Alessandro Simas.
Muitas preocupações se cruzaram questionamentos em torno dos principais pontos da obra, como os trechos de intercessão, o trevo de acesso à BR 101 e o tempo de paralisação da duplicação.
O vereador Jean Pirola, que levantou o tema na tribuna, disse que na semana passada ficou sabendo nos bastidores que o contrato seria rompido. Com a confirmação da rescisão com o consórcio, Pirola disse que é preciso mobilização política.
“Tivemos essa ingrata surpresa que o governo do estado simplesmente emitiu uma nota que quebra o contrato e que possivelmente vai utilizar de verba própria para terminar a obra. Que verba é essa? Não está no orçamento desse ano. Então essas perguntas precisam de respostas”, frisou.
Como medida, Pirola formulou um requerimento aprovado pelos pares a ser encaminhado ao governo do estado, em busca de um posicionamento.
Enquanto o dilema da rodovia continua, a chamada “indústria da multa” e a falta de sinalização, principalmente noturna, trazem revolta e preocupação, conforme mencionou o vereador Jean.
“Nós vimos há seis meses um levantamento da PRE que aplicaram dez mil multas entre Brusque e Itajaí, chega a ter trechos de 40 km por hora, sem placa de sinalização, então não se sabe se quer a velocidade em determinados trechos porque a rodovia está abandonada, a noite mesmo é um risco”, criticou.
Manifesto – A sessão da Câmara também foi marcada pela presença na plateia dos amigos e familiares de Ismith Norberto Oliveira, 34 anos, natural de Bahia, que foi morto em um bar na madrugada do dia 1º de abril, no bairro Steffen.
Apesar de o caso ter sido elucidado pela Polícia Civil, os manifestantes pedem por justiça, em razão do autor do homicídio estar respondendo em liberdade, pelo fato de ter colaborado com a investigação policial, enquanto aguarda o posicionamento do poder judiciário.
A amiga de Ismith, Geane Neves de Oliveira, falou ao Jornal da Diplomata.
“Estamos pedindo justiça para que o crime não seja arquivado, fizemos a manifestação bem numerosa em frente ao bar. Infelizmente o assassino está solto e nós queremos ele preso, é o que queremos”, frisou Geane.